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Caros amigos e moradores
O Conjunto formado pelos bairros do Cosme Velho e suas adjacências vive momentos de relativa tranqüilidade quando comparado aos demais bairros do Rio.
Isto não se deve a privilégios por parte das autoridades ou por maior poder aquisitivo de seus moradores.
É fruto de ações que são desenvolvidas há mais de cinco anos por moradores de todo o bairro, individualmente ou reunidos em suas Associações, com atenção totalmente voltada para o coletivo e para a integração social.
Capitaneando a maior parte destas iniciativas está o Professor Alceu Nobre Junior, que:
- durante mais de três anos exerceu o cargo de Presidente da AMA Cosme Velho;
- foi fundador da Rede Social do Cosme Velho, do Instituto Austregésilo de Athayde, da ONG VIC do Brasil, da AMA Boticário;
- esteve presente nos movimentos ligados à APA da Rua Alice e ao fechamento/reabertura do Túnel Rebouças
- mantém atualmente projetos como o Clube da Bossa Jazz (música na Praça Ben Gurion), e o Mexa-se Laranjeiras (caminhadas pelo bairro);
- participa de todos os movimentos sócio-culturais do bairro, como por exemplo o Cineclube Águas Férreas, no Trem do Corcovado;
- foi presença fundamental na campanha Xô Cocô, na campanha contra envenenamento de cães, nos movimentos de preservação ambiental do bairro, na realização de campanha Natal sem Fome;
- participa ativamente nos eventos anuais promovidos e organizados pelo site bairrodaslaranjeiras.com.br (no Café da Manhã Solidário com Doação de Sangue para o Instituto de Cardiologia, e no Arte em Laranjeiras e Cosme Velho);
- é importante elo de ligação nos acontecimentos do bairro, e deste com seus vizinhos, tendo acesso praticamente a todos os segmentos do cotidiano desta região, sendo certamente a pessoa mais conhecida e considerada pelos moradores e empresários do bairro.
Ocorre que neste momento, uma de suas iniciativas mais agradáveis e agregadora, o Clube da Bossa Jazz, que leva música gratuita e de altíssima qualidade à Praça Ben Gurion, nas tardes do terceiro sábado de cada mês, corre o risco de ser interrompida.
A realização do evento depende de autorização da Sub-Prefeitura, e o Professor Alceu foi informado que esta não poderia ser fornecida, em função da impetração de Ação Civil junto ao Ministério Público por uma pessoa ou empresa situada no bairro.
Sob a alegação, no momento infundada, pois carente de comprovação técnica (decibelímetro), de agressão sonora ao meio ambiente (pois certamente não seria agressão pela excelente qualidade), foi impetrada esta ação, solicitando a interrupção do evento mensal.
Para quem já assistiu, por certo não pairará dúvidas sobre a qualidade e sobre o fato de que o cuidado com o evento, característica peculiar a seu organizador, não permitiria que o coletivo fosse prejudicado.
Entretanto, tão justa e democrática quanto as posturas favoráveis de quem conhece e respeita o trabalho do Alceu, seria a análise do fato pelos órgãos competentes solicitados e a imediata divulgação de seus resultados.
Me enquadro como espectador que se delicia com a ocupação do espaço público, torcendo para que estes, assim como os eventos de boa qualidade neles realizados, venham a ser adotados por empresas que do bairro tiram o seu sustento e que a ele teriam o dever ético de retornar com responsabilidade e participação social.
Me enquadro como médico, por sinal Pediatra, que bem sabe como a boa música harmoniza nosso meio ambiente interior, tão agredido por nosso meio ambiente exterior.
Me enquadro e assim subscrevo, como dirigente de Associação de Moradores, que luta acima de tudo pela legalidade. Mas respeito meu próprio perfil de conduta, e desta forma me manifesto, esperando que todos também se manifestem e lutem por seus ideais dando força e transparência à democracia e voz que tanto decantamos querer.
Sergio Castiglione
Vice-Presidente da AMA Cosme Velho