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 CULTURA E TURISMO




História do Bairro de Laranjeiras


Este texto foi escrito por Nireu Cavalcanti, Arquiteto e Historiador, Doutor em História pela UFRJ, Professor e Diretor da Escola de Arquitetura e Urbanismo - UFF e Autor de vários livros, entre eles; "O Rio de Janeiro Setecentista"
O texto foi escrito para a comemoração da 100ª edição do Jornal Folha da Laranjeira em maio de 1993. O jornal é publicado pela AMAL - Associação de Moradores de Laranjeiras.





Laranjeiras, berço do Carioca

"A fonte de que bebem os vizinhos da cidade, é um copioso rio chamado Carioca, de puras e cristalinas águas, que depois de penetrarem os corações de muitas montanhas, se despenhavam por altos riscos, uma légua distante da cidade, onde as iam tomar com algum trabalho; mas aquele Senado com magnífica e liberal despesa trouxe para mais perto o rio; e de próximo o laborioso cuidado do general Aires de Sandanha de Albuquerque, que neste tempo com muito acerto governa aquela província, o trouxe para junto da cidade com maior grandeza e utilidade. É fama acreditada entre os seus naturais que esta água faz vozes suaves nos músicos e mimosos carões nas damas."
        (Rocha Pita in História da América Portuguesa - séc XVIII)

O Bairro de Laranjeiras, juntamente com os da Glória, Catete, Flamengo e Cosme Velho, faz parte da bacia hidrográfica do rio Carioca - antiga e importante região da cidade do Rio de Janeiro conhecida como "terras da Carioca". A sua história confunde-se com a da própria cidade do Rio de Janeiro, pois de tão importante deu o nome àqueles que nela nascem.

Na área da Carioca foi construída a primeira casa portuguesa na baía da Guanabara, em 1532, pela expedição de Pero Lopes de Souza. Esta "Casa de Pedra" ficava na praia que os índios chamavam de Sapocaiba, hoje Praia do Flamengo, próxima do Morro da Viúva (Joaquina Figueiredo Pereira de Barros, viúva de Joaquim José Gomes de Barros) e, portanto, próximo da foz do rio Carioca.

O INÍCIO GUERREIRO

Nesse tempo, os Tamoios eram amigos dos portugueses e a água do rio Carioca a mais pura e cristalina dentre as dos demais cursos d'água que desembocava na baía da Guanabara. Os navios que aqui aportavam abasteciam-se de água no rio Carioca, por isso a praia de Sapocaitoba era conhecida pelos europeus como "Aguada dos Marinheiros".

Além dos portugueses, outros europeus, principalmente franceses, para cá vinham negociar com os Tamoios. Talvez mais habilidosos do que os portugueses no trato com os índios, os franceses tornaram-se seus amigos prediletos, o que lhes criou facilidades quando aqui fundaram, em 1555, a "França Antártica". Segundo Thevet, cosmógrafo que acompanhou Villegaignon, foi na região da Carioca que os franceses ergueram uma povoação que chamaram de "Henri Ville"; segundo Jean de Léry, outro francês que também aqui esteve, não passava de poucas choupanas em volta da "Olaria" montada na região da Carioca. Polêmica à parte, o fato é que os franceses, além de se instalarem na atual Ilha de Villegaignon também se localizaram na Carioca, obviamente pela facilidade de abastecimento de água potável.

O sonho da "França Antártica" durou pouco: já em 1559 a Metrópole portuguesa enviou uma esquadra, sob o comando de Bartholomeu V. da Cunha, e aqui passou a chefia de Mem de Sá, sendo reforçada com moradores locais. Em março do ano seguinte, os franceses da Guanabara e seus aliados Tamoios foram derrotados, muitos mortos, e outros refugiaram-se no interior do continente. Com a saída dos portugueses, esses refugiados voltaram a baía e reorganizaram novas fortificações, sendo as mais importantes a da Ilha do Governador (Paranapecu) e a da Carioca, no Outeiro da Glória (Biraoçu-mirim). Os franceses e Tamoios passaram mais cinco anos tranqüilos , como senhores da baía da Guanabara, até a vinda de nova esquadra portuguesa, comandada por Estácio de Sá (sobrinho de Mem de Sá), no ano de 1564. Agora, além de combater os franceses, Estácio de Sá viera com a incumbência de fundar uma cidade. Buscou o auxílio dos naturais da terra e de São Vicente, do Espírito Snato (os índios Temiminós, do cacique Araribóia) e da Bahia. Em fevereiro de 1565 a esquadra portuguesa apontou na estrada da barra do Rio de Janeiro e sua tripulação se estabeleceu na várzea do Morro Cara de Cão, na atual Urca. As escaramuças entre franceses e portugueses se prolongaram por dois anos. A 20 de janeiro de 1567 (dia de São Sebastião), com a participação do padre José de Anchieta, Estácio de Sá e seus comandados atacaram a fortaleza de Biraoçu-mirim, derrotando os franceses e Tamoios. Nessa batalha Estácio de Sá foi ferido, vindo a falecer dois meses depois. Foi uma peleja encarniçada, que ensopou de sangue a terra da Carioca, que era dos Tamoios, seus primeiros habitantes. Os índios foram vítimas da "civilização" européia e, sem o saber, das disputas entre as nações: portuguesa, francesa e inglesa. Mem de Sá tomou o comando das tropas e comunicou ao rei que agora eram senhores da "enseada da Carioca" e, conseqüentemente, do rio Carioca. Após a expulsão dos franceses e Tamoios da Ilha do Governador, Mem de Sá transferiu a cidade para o Morro do Descanso, no atual centro do Rio de Janeiro. Este núcleo histórico foi impiedosamente destruído em 1920-22 com arrasamento do Morro do Castelo para as comemorações do centenário da Independência. Triste ironia, a de comemorar-se um marco histórico destruindo o sítio da fundação da cidade!


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