FL: Como você vê o cenário artístico atual?
FS: Acho que hoje tem um movimento artístico interessante. Há alguns anos o circuito era muito fechado. Os artistas foram mais em direção ao povo e o povo passou a se manifestar. Eu pertencia a esse círculo fechado, a essa elite, e agora vejo esse movimento popular. A Amal tem sido um centro de abertura cultural muito importante. Ela me despiu de toda vaidade artística e reconstruiu minha personalidade.
FL: Você é uma artista que está sempre produzindo e reinventado o seu trabalho com novas técnicas. Além disso você também é professora de pintura. Arte se ensina ou é dom?
FS: Para fazer arte basta ter boa vontade e persistência. Não existe o erro. Existe a vontade de fazer. O importante é a pessoa fazer da melhor forma possível e como ele vê. Depois o professor vai aplicando as técnicas.
FL: Qual a diferença você faz entre pintor e artista plástico?
FS: Eu costumo dizer que ser pintora é uma coisa e ser artista é outra. Todo mundo pode ser pintor. O artista é um experiência mais sui generis. A arte se concretiza quando se chega ao público e provoca respostas. Eu hoje posso dizer que sou uma artista plástica.