Cosme Velho abriga Memorial de Pediatria
Um passeio pela história da pediatria. É exatamente isso que o visitante encontrará ao conhecer o Memorial de Pediatria, na rua Cosme Velho. Situado em um antigo casarão, o museu ainda é novidade até mesmo para quem mora no bairro. Apesar de ter inaugurado em março de 2004, o memorial passou por reformas durante todo o ano passado e reabriu as portas no início de 2006.
Ocupando uma área total de cerca de 2 mil e 500 m2, o memorial é equipado com auditório, salas de aula, biblioteca, estacionamento e cafeteria. Isso sem falar da extensa área verde que cerca o local.
- O grande público ainda não conhece o museu. No ano passado fizemos uma pesquisa para saber se as pessoas conheciam o museu e vimos que não. Estamos divulgando o espaço principalmente nos colégios da região – conta Tatiana Castelanni, museóloga formada pela Uni Rio, pós graduada em História do Brasil e que há um ano e três meses trabalha no Memorial de Pediatria.
O museu possui uma exposição permanente que conta a história da pediatria, desde os seus primórdios até os dias de hoje. As peças que compõem foram doadas por pediatras e instituições de vários estados do Brasil. Lá o visitante encontrará objetos um tanto quanto inusitados, como o pulmão de aço, uma incabudora do início do século passado, e uma cadeira de tirar amídalas, que mais parece um objeto de tortura da época da ditadura militar. Outra curiosidade que o museu trás é a roda dos expostos. Conhecida no imaginário popular como sendo feita para as mães colocares seus filhos recém-nascidos no intuito de os doares para as madres, ele foi inventado com o propósito dos fiéis depositarem alimentos e enviarem cartas aos membros da igreja.
Para movimentar o museu, dois projetos estão sendo desenvolvidos. O primeiro é relacionado à prevenção de acidentes e o segundo foi criado pela Academia Brasileira de Pediatria, que tem uma sala dentro do Memorial, e pretende reunir crianças da comunidade para formar um coral.