ARTIGO: Muito prazer, democracia
Paulo Marrayo, diretor de assuntos comunitários da Amal
Para quem tem lutado desde a adolescência contra os processos de coisificação dos coletivos humanos, é prazeroso ver que nossa democracia tupiniquim, mesmo aos trancos e barrancos, vai se consolidando. Até o fechamento desta edição o povo ainda não tinha ido às urnas, mas tínhamos, baseados nas pesquisas, a previsão de que se confirmariam a eleição do candidato do PMDB ao governo do Estado e do PT a reeleição do seu candidato à presidência da república. O mais importante no processo democrático não são os nomes que ocupam as cadeiras do poder mas o conjunto de idéias e propostas que os levaram até lá. Aqui no Estado, espera-se de quem for eleito que recupere pelo menos parte do patrimônio público (amplo senso) quem tem sido dilapidado ao longo dos últimos anos, do Governo Federal que continue e amplie os programas sociais que atendem aos menos favorecidos e, sempre que necessário, “corte a própria carne” , ao contrário dos tempos ditatoriais em que muitos morriam açoitados nos porões enquanto a classe dominante dormia tranqüila nos palácios. Nós da diretoria da AMAL não temos dúvida de que quanto maior for a participação popular, mais aumenta a responsabilidade dos governantes. Com imenso prazer mando um forte abraço a todos aqueles que ajudaram e vêm ajudando a consolidar o processo democrático deste País, apesar de todas as dores, pois, como diz o anedotário popular: “Com prazer é mais caro”.