EDITORIAL
Vale a pena participar de caminhadas pela PAZ?
Claro que vale, mas em situações-limite como a nossa – no Rio de Janeiro – torna-se absolutamente ineficaz sem que haja um eixo, uma diretriz clara dos pleitos a serem defendidos nas ruas. É como sairmos em defesa do meio-ambiente, da família, do amor entre mãe e filho. São assuntos unânimes que carecem de posicionamentos contra ou a favor: 99.9 % das pessoas estão de acordo. Assim, caminhar pela PAZ (genericamente), torna-se irrelevante do ponto da exigência de medidas efetivas de resolução do problema.
A mobilização somente funcionará, emparedando o Poder Público, tendo objetivos definidos. Desde já podemos colocar em discussão, dentre outras, a unificação das polícias com a sua respectiva municipalização, a estadualização do direito penal, a diminuição da maioridade penal etc. Outro aspecto é deixarmos do receio de aparelhamento, chamando os partidos políticos. As grandes manifestações ocorrem quando a militância partidária também assume sua condução, afinal, fazer política sem os políticos, parece fazer bolo sem o fermento. Vamos todos, juntos, com objetivos definidos às ruas. Certamente, dessa forma, os governantes tremerão.
Marcus Vinicius de Seixas,
Presidente da Amal