Um profissional do ensino que sabe muito sobre Laranjeiras
Durante a entrevista, Reginaldo Ribeiro, diretor acadêmico da unidade CCAA da Rua das Laranjeiras nos contou um pouco de sua história que se confunde com a criação do grupo no Brasil. São 37 anos de casa, o que já o fez se aposentar, apesar de continuar administrando a unidade do bairro, onde também leciona inglês. “Se contar como aluno, estou no CCAA desde 1963, ou seja, são 44 anos de casa”, diz ele, orgulhoso. Durante a conversa, Reginaldo, que lidera um time de 18 professores e aproximadamente 550 alunos, falou sobre o bairro que o abriga há tantas décadas.
FL: Fale-nos um pouco sobre sua relação com Laranjeiras. Para o senhor, quais são as qualidades e defeitos do bairro?
RR: Não vejo muitos defeitos em Laranjeiras. Moro na Rua Coelho Neto há muitos anos e acho uma rua aprazível, segura, tranqüila, próxima de tudo. As pessoas são muito simpáticas, afáveis e corretas. Minha relação com o bairro é muito boa e sólida.
FL: Como é ser um empresário do ramo de ensino no Brasil hoje em dia?
RR: As dificuldades são as mesmas de qualquer empresário não muito grande, embora o grupo CCAA seja forte. Mas as unidades são independentes financeiramente, portanto são empresas de pequeno ou médio porte. A de Laranjeiras é de médio porte pelo número de alunos e pelo faturamento. Mas temos boas rotatividade financeira e fidelização por parte dos alunos, pois, a cada semestre, os alunos satisfeitos se mantêm e isto nos dá uma tranqüilidade quanto a investimentos futuros.
FL: O senhor é também professor. Como é sua relação com os alunos? Que tipo de experiências e idéias troca com eles?
RR: É muito boa. Já leciono desde 1969. Você não envelhece quando é professor, pois está sempre em contato com os jovens e existe uma troca muito grande. Nos fins de semana, eu encontro com, no mínimo, dois alunos por dia. É importante ter uma empresa no bairro onde você mora.
FL: O CCAA da Rua das Laranjeiras é localizado bem ao frente às Casas Casadas, que abriga agora, além da Riofilme, um novo espaço cultural, o Espaço Rio Carioca. O que o senhor acha deste início de revitalização de um espaço histórico como este? Tem percebido uma movimentação maior de pessoas na área?
RR: Isso foi excelente. Nós estávamos ansiosos pela inauguração do espaço. Acho que deveria haver uma divulgação maior e contínua do espaço. Mas, para nós, foi interessante porque nossa proposta sempre foi mesmo a de um corredor cultural. Ocupamos um prédio centenário e aqui já foi o Instituto Pasteur. Temos uma arquitetura fantástica, do século dezenove, e as Casas Casadas também fazem parte desse conjunto arquitetônico. Queremos que esse ponto seja uma referência cultural e que o cliente saiba que tudo que existe aqui nesse trecho é oferecido com segurança.