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Ecologia por um mundo melhor |
28/10/2011
A guerra das sacolas
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Uma das mais importantes batalhas a se ganhar para ter um mundo melhor para se viver é a que travamos contra as sacolas plásticas. Uma das maiores invenções humanas, as sacolas são hoje uma praga das cidades modernas. E o pior, há alternativas práticas e inúmeros motivos para não usar sacos plásticos, ou pelo menos para reduzir muito o seu consumo.
Apesar de a indústria do plástico se agarrar de todas as formas em informações nem sempre comprovadas, o fato é que se produz sacos plásticos demais, o que torna quase impossível a sua retirada total da rotina diária. Segundo dados do Governo, de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas são consumidas no mundo. No Brasil, chegam a 1,5 milhão as unidades do produto distribuídas por hora. Portanto, fique tranqüilo: mesmo se você não comprar produtos usando sacolas plásticas no supermercado, elas não sumirão da sua vida. Por isso, garanto que, se você tem medo de ficar sem sacos plásticos, hoje, infelizmente, a chance de isso acontecer é remota. Portanto, a grande batalha é para reduzir o seu consumo, sua distribuição e seu uso. Só assim teremos um meio ambiente mais saudável. Esta questão é fundamental.
Vamos ser francos. Neste ponto em que estamos, é impossível viver sem o plástico. Mas é fundamental reduzir seu uso. Eu mesmo, atualmente, só uso sacolas retornáveis nos supermercados. Nas compras de mês e nas compras diárias. E a vida tem sido muiito melhor. É mais fácil de guardar no caixa e é mais fácil de tirar as compras quando se chega em casa. Façam o teste.
Não é tão difícil assim. Temos algumas alternativas para ocupar o lugar das sacolinhas de plástico e vencer esta batalha:
DICA 1: Use sacolas retornáveis e recuse sacolas plásticas
Leve sempre com você uma sacola retornável, evitando assim a necessidade de pegar sacolas plásticas no supermercado, na padaria, na farmácia, na papelaria.
DICA 2: Use alternativas e reduza seu consumo de sacolas plásticas
Caixas de papelão, engradados de plástico no porta-malas do carro, carrinhos de feira, sacos de papel kraft: há várias alternativas além das sacolas retornáveis para diminuir o consumo de sacolas plásticas.
Escolha aquela que melhor se adapta às suas necessidades e adote essa opção.
DICA 3: Use toda a capacidade da sacola
Se você esquecer sua sacola retornável e precisar usar sacolas plásticas, utilize toda a capacidade delas.
As sacolas plásticas comuns devem agüentar até 6 kg.
Se um saco plástico já é problema, imagine os 500 bilhões de sacolinhas que são distribuídas todos os anos no mundo?
Consuma sacolas plásticas de maneira consciente - REDUZA, reutilize, recicle, e, sempre que puder, RECUSE.
DICA 4: Reduza o uso de sacolas plásticas como sacos de lixo
Não é preciso usar sacolas plásticas para acondicionar os materiais recicláveis - o lixo seco.
Separe os materiais recicláveis em caixas ou sacos de lixo grandes e deposite-os diretamente nas estações de coleta seletiva, levando de volta a caixa ou o saco para serem reutilizados.
Deixe as sacolas plásticas apenas para acondicionar o lixo úmido - restos de comida, de poda - e o lixo de banheiro.
DICA 5: Passe esse hábito adiante
Assim como nos acostumamos a usar sacolas plásticas, podemos nos habituar a deixar de usá-las. Utilizar sacolas retornáveis e outras alternativas é só questão de hábito - e novos hábitos se multiplicam através do exemplo.
Vamos construir novos hábitos de consumo consciente, começando pelas sacolas plásticas.
Dê o exemplo!
Saco é um saco. Pra cidade, pro planeta, pro futuro, pra você
(Fonte: Ministério do Meio Ambiente)
Sacos plásticos = morte de animais
Sim, as sacolas plásticas são muito prejudiciais ao meio ambiente. Ponto. Não há como contornar a questão. Sem resultados práticos, a indústria do plástico tenta achar alternativas para mostrar que não é bem assim, produzindo o que chamam de "plástico biodegradável". Mas este produto não resolve o problema principal, que é o tempo de decomposição do material da natureza, mais de cem anos. O novo plástico só faz uma coisa: reduz o tamanho do plástico resultante das sacolas. Isso ajuda contra as enchentes, já que as sacolas plásticas, junto com as garrafas PET, formavam verdadeiras argamassas nos bueiros das grandes cidades. Mas traz um outro problema, que é a ingestão dos pequenos pedaços de plásticos por animais.
Cientistas trabalhando no Mar de Barents, na Noruega, já encontraram provas destes efeitos contra os animais. Em uma hora de mergulho, a rede da oceanógrafa inglesa Clare Miller capturou minúsculos pedaços de plástico e nylon numa das regiões mais remotas do oceano: o noroeste do arquipélago de Svalbard, na Noruega - menos de 1.300 km do Pólo Norte.
Segundo a oceanógrafa, a mera existência de plástico nas águas supostamente límpidas do Ártico é motivo de preocupação.
A oceanógrafa também comentou sobre o tamanho dos pedaços de lixo e a ausência de outros indicadores de poluição, como bolas de piche. Estes sugerem que o plástico é "importado", chegando ao mar de Barents trazido por correntes marinhas como a do Golfo, que sai do Atlântico tropical e banha a Europa.
O lixo é composto, em sua maior parte, de pedaços de plástico degradados pelo Sol, que ficam em suspensão na água. Os restos são tão pequenos que precisam ser capturados com uma rede especial, feita para coletar plâncton (animais e algas microscópicas).
A presença de restos de redes de pesca de nylon nas amostras coletadas também é típica da contaminação por plástico.
Um estudo feito por pesquisadores do sul da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que pequenos peixes do norte do Oceano Pacífico estão ingerindo plástico. De acordo com a publicação, 9% dos peixes capturados durante uma expedição feita em 2008, na Costa Oeste dos Estados Unidos, continham pedaços de plástico em seus estômagos.
Com base em evidências, os autores do estudo, Peter Davison e Rebecca Asch, estimam que os peixes que vivem em profundezas do Pacífico Norte ingerem entre 12 mil e 24 mil toneladas de plástico por ano.
Boas vitórias
Também ao contrário do que se tem notícia, as iniciativas já existentes nas cidades brasileiras para eliminar as sacolas plásticas do comércio tem tido sim muito êxito.
Belo Horizonte foi a primeira capital brasileira livre de sacolinhas plásticas descartáveis. E um levantamento feito pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) mostra que, com seis meses de implantação da lei municipal que aboliu o uso de sacolas plásticas descartáveis convencionais - feitas de polietileno comum ou aditivado (oxidegradáveis) -, a cidade está consumindo 97% menos sacolas plásticas. Hoje, são usadas em média 15 mil sacolinhas plásticas por dia e, antes da implantação da lei, chegava a 450 mil sacolinhas por dia.
Isto significa que o meio ambiente, em seis meses, ficou livre de cerca de 78 milhões de sacolinhas ou 360 toneladas de plástico.
A adoção do hábito de se usar sacolas retornáveis é a explicação para o sucesso da eliminação do uso do produto descartável. E não são só as megalópoles a obterem vitórias contra as sacolas plásticas. Em Jundiaí, interior de São Paulo, os números se repetem. Um ano após adotar o uso de sacolas reutilizáveis nos supermercados, a população da cidade paulista aprova a medida. Isso é o que revela a pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), em que 77% dos entrevistados se mostraram favoráveis à substituição de sacolas descartáveis por reutilizáveis nos comércios.
De novo, as sacolas reutilizáveis e caixas de papelão foram as principais alternativas adotadas pela população para transportar suas compras. Para 89% a alternativa foi a utilização de sacolas reutilizáveis, 45% também optaram por caixas de papelão, 30% por sacolas biodegradáveis compostáveis, 16% por carrinho de feira e 13% por caixa de plástico.
É possível, é só querer.
Ah, e tem outra coisa: quando compro no supermercado Princesa da Rua das Laranjeiras, em frente à Kraft Bike, eu tenho desconto por não usar sacolas plásticas a cada 5 itens comprados. É ótimo, não?
Brasileiro e ecológico
O brasileiro é sim muito preocupado com o meio ambiente.
A comprovação veio de uma pesquisa realizada pela National Geographic e pela GlobeScan em 17 países, que classificou o brasileiro com o segundo melhor comportamento ambientalmente sustentável do mundo.
Segundo a pesquisa, o Brasil ficou atrás apenas da Índia e à frente de países como Argentina, Austrália, Estados Unidos, México, Espanha, Canadá, França, Rússia, Suécia, Japão, China, Reino Unido, Alemanha, Coréia do Sul e Hungria.
Novos motores
A indústria de automóveis está em lua-de-mel com os motores ecológicos.
Praticamente todas as marcas e fabricantes estão desenhando, produzindo protótipos ou planejamento o lançamento de seus carros ecológicos. Não há outra saída, pois não há possibilidade de um mundo "não ecológico". O setor produtivo só descobriu isso agora, por isso tem que refazer toda a sua escala e linha de produção.
Desta vez foi a Scania a anunciar o lançamento no Brasil de seu caminhão movido a Etanol. O modelo reduz em 90% a emissão de carbono. O motivo, segundo a Scania, é que a fábrica já tem recebido dos clientes pedidos de caminhões sustentáveis. É a cadeia virtuosa.
Saída simples
E por falar em carros, os pessimistas sempre disseram que o carro elétrico seria inviável por causa da bateria. Um veículo elétrico, hoje, não consegue percorrer mais do que 200 quilômetros. Como recarregar, no meio do nada, uma bateria que levaria horas para levar uma carga? E se não tiver uma tomada?
Pois os dinamarqueses encontraram a solução. Uma saída genial por sua simplicidade. A proposta deles não é recarregar a bateria - mas trocar. Simples assim. Seu carro elétrico, no meio do nada, está com a carga baixa, vá até um posto e troque a sua bateria vazia por outra, cheia. Isso resolve definitivamente o problema da autonomia.
Cai por terra mais um argumento contra a natureza.
Carta do Sol
O governo do Rio tomou mais uma iniciativa para fazer da energia solar uma fonte a ser seriamente considerada como alternativa de abastecimento: a Carta do Sol, uma série de medidas para incentivar o uso de energia elétrica no estado.
Entre as medidas, isenção de tarifas na transmissão e distribuição deste tipo de energia, incentivos financeiros, fiscais e tributários para o desenvolvimento das empresas deste mercado entre outras.
Agora falta a energia solar ficar mais barata para o consumidor final.
inovAÇÕES
- Lixo não existe. Lixo é alimento para o crescimento.
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- Revista Vida Simples cria lista com 100 ideias para uma vida sustentável
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- Todos produzem, todos cuidam:
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