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Menos sombra na pracinha da General Glicério

Por Erick V. da Cruz
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Uma decisão da prefeitura, através da Fundação Parques e Jardins, revoltou os moradores do Jardim Laranjeiras (região do bairro das Laranjeiras que engloba a rua General Glicério e adjacências). O Pau-brasil que enfeitava a praça Aliança foi retirado e as demais árvores que protegiam do sol quem freqüentava o lugar foram podadas.

Segundo a prefeitura a operação foi realizada por que o Pau-brasil estava infestado com uma praga e corria o risco de cair, mas os moradores reclamam que não foram avisados e que a poda das outras árvores foi realizada fora de época e de maneira exagerada.

A antropóloga Regina Prado, ex-presidente da AMAL é uma das que acredita que o assunto deveria ter sido comunicado aos moradores. Regina Prado foi uma das responsáveis por um projeto de arborização urbana realizado no começo da década de 80, através do qual várias árvores foram plantadas, incluindo o Pau-brasil da pracinha. Para ela, os moradores do lugar têm um histórico de participação no assunto e, portanto, deveriam ter sido alertados e convidados a discutir possíveis soluções para o problema.

Além do mais o projeto da praça é do famoso paisagista Burle Max, e os moradores temem que haja uma descaracterização do projeto que foi conseguido graças ao esforço da população do bairro e por isso é de grande importância todos que lá residem.

A mobilização da população trouxe alguns resultados. Depois do envio de uma carta para a Fundação Parques e Jardins, onde os moradores exigiam esclarecimentos sobre os motivos da derrubada e informações sobre os responsáveis, a prefeitura plantou uma muda de bom tamanho no lugar onde a árvore estava.

O problema é que devido à poda exagerada feita nas outras árvores, a sombra sumiu da praça prejudicando o tradicional chorinho da feira, que já se tornou um patrimônio do bairro, atraindo pessoas de toda a cidade.

No momento o que os moradores desejam é uma solução provisória para o problema enquanto as árvores não crescem e voltam a proporcionar sombra à população. Para tanto eles sugeriram a prefeitura que instalasse um caramanchão, construção de madeira que daria sustentação a uma trepadeira. A instalação temporária seria retirada assim que as árvores voltassem a seu tamanho original. Até agora a prefeitura não se manifestou sobre o assunto.

Esperamos que os órgãos responsáveis tomem providências para que a sombra e o Choro voltem a reinar.

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