O Globo - Zona Sul - 3 de janeiro de 2008
Sem solução a vista para as Paineiras
Diretor da Estrada de Ferro Corcovado culpa burocracia por recuperação do antigo hotel não ser concretizada.
Por Rafael Galdo
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A burocracia é o que impede que saiam do papel os projetos de revitalização do Hotel das Paineiras, no Parque Nacional da Tijuca, afirma Sávio Neves, diretor da Estrada de Ferro Corcovado. Segundo ele, há pelo menos cinco anos a empresa tenta arrendar a construção, por meio de projeto enviado à Secretaria do Patrimônio da União, do Ministério do Planejamento. Mas o pedido ainda está sendo analisado pela Coordenação Geral de Gestão Patrimonial do ministério, sem expectativa de solução a curto prazo:
- É absurdo a cidade prescindir de um patrimônio desses. Tem uma das vistas mais maravilhosas e fica ao lado do Cristo Redentor. Infelizmente, hoje é um símbolo do abandono.
O hotel - que já foi um dos mais importantes da cidade - está fechado desde sua privatização, em 1984. A partir de então, diversas propostas foram feitas para recuperar o prédio tombado. A dos administradores da linha férrea do Corcovado prevê um investimento de R$ 25 milhões para a retomada da atividade hoteleira, com espaço ainda para eventos e um restaurante ou bar. O Ibama e a Secretaria Nacional de Segurança Pública também têm projetos para o espaço.
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Fotos de Gabriel de Paiva
O prédio foi construído para ser residência de verão de Dom Pedro II e funcionou como hotel até 1984
O abandono deixa marcas na construção tombada. O único movimento é o de carros e vans que estacionam em frente à edificação, junto ao Cristo.