O Globo - Rio Show |
Rio, 08 de setembro de 2006
Durango Kid
Pastel, bolinho, pizza e cachaça
Nosso colunista passa o sábado comendo bem e bebendo melhor ainda em Laranjeiras
João Sette Câmara
Nada para fazer, sem vontade de ir à praia, a fome batendo: parecia que aquela tarde de sábado seria marcada pelo tédio. Tentando espantar o desânimo, decidi dar umas voltas pela conhecida feira da Rua General Glicério, em Laranjeiras, para ver se encontrava algo que alegrasse o dia.
E não deu outra. Chegando à praça da General Glicério, vê-se um grupo grande de gente de todas as idades: jovens na paquera pré-praia, idosos e famílias inteiras, todos reunidos para ouvir o grupo musical que faz o Choro na Feira.
Mas, além da música, o que torna esse chorinho um programa perfeito para uma tarde meia-bomba de sábado é um outro espetáculo, que acontece à parte: as comidinhas e bebidas servidas em volta do público. Lá, por exemplo, além dos famosos pastéis do Bigode (R$ 1,70 e R$ 2, o de camarão e o de palmito), pode-se comer bolinho de bacalhau (R$ 1,50, a unidade) - que chega quentinho pelas mãos de um garçom que o traz de um boteco quase no fim da rua, o Foz do Rio Vouga - Kafta na brasa (R$ 2) e minipizzas finas e crocantes, de sabores geralmente raros numa barraca de rua, como pesto (R$ 3)
Depois de tanta comida, precisava de um digestivo. Na barraca das bebidas, encontrei uma seleção notável de cachaças mineiras, como Seleta, Boazinha e Lua Cheia, todas a R$ 3, a dose. Na versão caipirinha, o preço pula para R$ 5, e o cliente escolhe entre abacaxi, tangerina com gengibre e a clássica, de limão.
Para quem começava a amarrar um bode, passar a tarde ouvindo boa música acompanhado de sabores quitutes e daquela branquinha que não pode faltar foi mais que uma grata surpresa.
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Choro na Feira: Praça da Rua General Glicério, Laranjeiras. Sá, das 13h às 17h.
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Ilustração: André Mello