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Um novo esquema para as feiras livres do Rio começa a ser testado hoje, em Copacabana. Com a proposta, a prefeitura pretende permitir que apenas feirantes cadastrados trabalhem, instalar banheiros químicos e exigir o cumprimento de normas de higiene. Numa segunda etapa, as barracas serão coloridas e os tabuleiros, padronizados. O objetivo é que as 157 feiras da cidade sejam reestruturadas ao longo do ano.
- Estamos elaborando uma nova padronização, dando prioridade à ordem urbana e à convivência harmônica - explica o secretário municipal de Governo, João Pedro Figueira.
Os casos mais urgentes estão na Zona Sul, segundo a prefeitura. Entre os problemas encontrados nas feiras da região estão o barulho excessivo na montagem de barracas, a ocupação de entradas de garagem, a demora na desmontagem e a falta de cobertura para os alimentos.
A feira das ruas Ronald de Carvalho e Ministro Viveiros de Castro, em Copacabana, é a campeã de reclamações e foi alvo de uma disputa judicial na última semana. A prefeitura quer que as barracas fiquem apenas na Ronald de Carvalho, mas feirantes conseguiram uma liminar na Justiça mantendo a feira nas duas ruas. A liminar, porém, foi cassada e a prefeitura promete mudar a feira a partir de hoje. Dos cerca de 260 feirantes que atuavam no local, apenas 170 serão mantidos.
- A Zona Sul já tem seus espaços urbanos bem ocupados. É necessário planejamento - diz Lucio Costa, diretor do Departamento de Controle Urbano da prefeitura.
Na segunda etapa, que deve ser iniciada até março, os feirantes produtores ficarão com barracas verdes e os mercadores, ou seja, que apenas revendem os produtos, com barracas vermelhas e brancas.
Numa ronda por algumas feiras da região, a equipe do GLOBO-Zona Sul encontrou diversas irregularidades. Na Rua Maria Eugênia, no Humaitá; e na Praça Edmundo Bittencourt, em Copacabana, barracas não estavam cobertas. Na Rua Ortiz Monteiro, em Laranjeiras; e na Rua Paulo Barreto, em Botafogo, a entrada de garagens estava sendo ocupada por barracas.
Já na Rua Frei Leandro, no Jardim Botânico, feirantes vendiam carne vermelha, o que não é permitido.
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