O Globo - Zona Sul - 24 de maio de 2007
Faxina verde no Parque Guinle
Ipês, flamboaiãs, palmeira e até jacarandá são removidos após denúncias de moradores
Por
Maria Fortuna
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No último dia 10, uma equipe da Secretaria municipal de Meio Ambiente esteve no Parque Guinle e na rua que dá acesso ao condomínio, a Capitão César de Andrade, para remover e podar diversas espécies de árvores. A operação foi realizada após uma reportagem do GLOBO-Zona-Sul, alertando que as árvores do parque tinham sido tomadas por parasitas.
De acordo com a secretaria, ao todo, oito árvores que sofriam de problemas fitossanitários foram removidas do parque: cinco ipês-rosas, uma palmeira, uma embaúba e uma outra árvore que já estava morta e não foi identificada.
Já na rua de acesso, houve a remoção de três flamboaiãs e um jacarandá. Segundo a secretaria, os primeiros estavam tomados por pragas. Já o jacarandá corria o risco de desabar no caso de um vento forte. A secretaria também informou que no lugar de todas as árvores removidas serão replantadas outras das mesmas espécies.
Além da remoção, funcionários do órgão realizaram a poda leve de 34 árvores (28 flamboaiãs, um pé de Jamelão, três mangueiras, uma jaqueira e uma figueira), que, além de oferecerem risco à população ao se misturarem à fiação elétrica da rua, obstruíam a iluminação dos postes.
Apesar de ser um marco da arquitetura modernista na cidade e ter jardins cuja autoria se atribui a Burle Marx, o Parque Guinle tem problemas de conservação. A Secretaria de Meio Ambiente admite as dificuldades, mas alega não ter condições financeiras de realizar um trabalho preventivo mais eficaz.
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Legenda da foto: Funcionários da Secretaria municipal de Meio Ambiente podam flamboaiãs no entorn do parque
Foto de Fábio Rossi