O apagão no Sistema de Educação,
iluminismo ou vidência?

Por Joaquim Santos

"Vejo em todos os lugares estabelecimentos imensos onde a alto preço se educa a juventude para aprender todas as coisas, exceto seus deveres. Vossos filhos ignoram a própria língua, mas falarão outras que em lugar algum se usam; saberão compor versos que dificilmente compreenderão; sem saber distinguir o erro da verdade, possuirão a arte de torná-los ambos irreconhecíveis aos outros, graças a argumentos especiosos; mas não saberão o que são as palavras magnanimidade, eqüidade, temperança, humanidade e coragem; nunca lhes atingirá o ouvido a doce palavra pátria e, se ouvem falar de Deus, será menos para reverenciá-lo do que para temê-lo. Preferiria, dizia um sábio, que meu aluno tivesse passado o tempo jogando péla, pois pelo menos o corpo estaria mais bem disposto. Sei que é preciso ocupar as crianças e que a ociosidade constitui para elas um perigo a evitar. Que deverão, pois, aprender. Eis uma questão interessante. Que aprendam o que devem fazer sendo homens e não o que devem esquecer".


Esta obra, Discurso sobre as Ciências e as Artes foi escrita em 1749 pelo iluminista Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que contrariando as bases do pensamento iluminista, rompe com a supervalorização do conhecimento racional, enfatiza a moral e os sentimentos e questiona também o tipo de conhecimento ministrado às crianças e aos jovens.

Iluminista ou vidente ?

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sobre A Arte Zen
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