15/01/10
Feliz ano novo X Ruído dos aviões sobre nosso bairro
As associações de bairros continuam a batalha contra o terrível e insuportável ruido produzido pelos aviões que sobrevoam nossos bairros.
Este movimento em nosso bairro começou em julho de 2009, agregou-se ao de outros bairros também afetados pelo mesmo problema.
Este movimento, antes particular de cada bairro, continuou a crescer e a se fortalecer, até que todos os bairros afetados se uniram em um só movimento,
acabar com o ruído dos aviões nos bairros.
O ruído produzido pelos aviões, antes problema de cada bairro, tornou-se um problema comum a todos.
Unidos, e de maneira consistente, os bairros afetados foram buscar/cobrar soluções junto as autoridades que se dizem responsáveis por esse assunto e competentes para resolvê-los.
Propostas foram feitas, promessas, e soluções, todas tentando contemporizar a relação lucro máximo/custo mínimo, praticada pelos empresários, com o angustiante e desrespeitoso suplício vivido pelos moradores que estão sob a linha por onde os aviões sobrevoam.
Sete meses se passaram, acordos foram feitos e não cumpridos, soluções se transformaram em possibilidades negociáveis, as competências foram dissipadas pelas conveniências,..., enfim os aviões continuam a sobrevoar nossos bairros, a produzir os mesmos angustiantes e insuportáveis ruídos.
O que mudou? Sete meses se passaram e ...
Para não dizer que nada mudou, mudou sim, o intervalo entre um estrondoso ruído para outro insuportável ruído passou de 10 em 10 minutos (aprox.), para 4 em 4 minutos (aprox.)
Se as autoridades não conseguiram evoluir em sua abordagem/solução para o problema, os responsáveis por esse terrível desconforto conseguiram, reduziram em 6 minutos o intervalo entre cada longo tempo de insuportável ruído, melhorando,provavelmente, sua relação de maximização de lucros e, aumentando,certamente, também tempo de exposição ao terrível ruido, angustiante e desrespeitoso suplicio a que os moradores estão sendo forçados a sofrer.
Acredito no conceito e filosofia de “desenvolvimento sustentável”, da mesma forma que acredito que este “sustentável” não deva ser as custas da exposição de uma população a riscos e desconfortos provenientes desse mesmo desenvolvimento, isto seria a sua antítese, e a reprodução de um desonroso, desastroso e desumano modelo social
Joaquim Santos
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