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© 2005 Isabel Vidal
Todos os direitos reservados

/Sergio Castiglione


03/06/2011

AS MENINAS


Paulinha inaugurou a nova geração de mulheres da família.
Nasceu pouco antes da última aparição pública do meu pai.
Sorte dela não depender da minha experiência, no quesito cuidar de mulheres, já que fui primogênito de três homens.
Irritadiça desde os primeiros dias, ajudou a estender a Curva de Gauss no extremo das que mais tempo tiveram cólicas de bebês.
Linda, de pai babão, cabelos cacheados semelhantes aos do avô paterno.
Da mãe, da família paraense da mãe, herdou a obstinação das lutas pela dignidade das mulheres, da independência das mulheres.
Duas graduações, uma pós, poliglota.
Acho que chorava suas cólicas em sete idiomas.
Réplica feminina de CHE, no fundo, no fundo, um lago de ternura com bordas imprecisas.
Todo dia, quando acordo, ela é a primeira a nos desejar momentos felizes.
Me deu seu Celular antigo e esqueceu de apagar a mensagem de saudação:

Bom dia, NAPI.


Meu irmão me ligou, no meio da noite.
"Sergio, ela não para de chorar".
Pensei comigo que ele tivera sorte de ela não ser igual à Ana Paula.
"Sergio, será que eu nunca mais vou poder dormir?
Até comecei a explicar que, exceções acima à parte, as cólicas costumam acabar antes dos três meses.
Mas me lembrei que depois vem os dentinhos, as birras, as recusas alimentares, os shows de "quero aquilo e compra pai", as viagens com amiguinhas, as dormidas na casa das amigas, as notas indesejáveis, os não namoros desejados, as provas do vestibular, o primeiro carro, as madrugadas, a decisão de não casar, acompanhada da decisão de ter apenas um filho, e....
"Não, Rafa, voce nunca mais vai dormir".
Pelo menos, não com os dois olhos.
E nem Lexotan vai descolar seus ouvidos da fechadura da porta de casa.
Raquel nasceu com 1900g., o que era um grande desafio na década de 80.
Hoje, biomédica trabalhando com células tronco, faz pós-muita coisa em Birminghan.

QUEL, papai mandou um beijo. E vê se não volta pra casa muito tarde.


Não havia dúvidas de que ela seria assim.
Era só olhar para o Gusta.
O irmão mais bonito, mais "Bon vivant", mas alternativo.
Mais paizão, ah isso êle realmente é.
Débora contrariou a linha de crescimento das meninas mingnon.
Enquanto todas queriam crescer um pouco mais, ela cortava um dobrado para segurar o pêso e a altura.
Bailarina, por talento e gôsto, desde uns 3 anos de idade, formada em grandes escolas de ballet, incluindo o Municipal do Rio de Janeiro, destacada a ponto de passar um ano inteiro no Kirov de Moscou.
DEBY.
Boneca russa que me atormenta vez por outra com enxaquecas danadinhas de resistentes.
Foi única em me manter acordado durante setenta e duas horas seguidas, em vigília de cafés e madrugadas de calçadas, após delicada intervenção cirúrgica para correção de um afundamento de região parietal.
O ballet cedeu aos joelhos, a graça da bailarina brinca de esconde-esconde por trás da bela mulher.
Calma, moças, belas todas são, perguntem aos seus namorados.

Ou a seus pais.


E antes que eu tomasse meu lugar no cículo de rebentos femininos, o Rafa se antecipou.
Tá legal, Tá tudo bem.
TÁTÁ.
Minha cunhada brigou tanto para ter uma gravidez, que ganhou bis.
Mas como tudo que acontece tem seu preço, o presente nasceu invocado.
E permanece assim até hoje.
Inquieta, buscando seu lugar no mundo. Professora, Química, sei lá.
Até agora já conseguiu o da arquibancada do Maraca, no meio da nação.
E o de alguns bons bares do Rio de Janeiro.
Quem sai aos seus não degenera.
Esta é a minha menina com a qual mais implico. Mas o retorno é na mesma moeda.
Me deu trabalho com a alergia.
Chegou ao extremo, e não fui eu que prescrevi, de tomar chá de testículos de bode.
A alergia melhorou, não curou.

Mas eu desaconselho ficar abaixado e de costas pra ela.


A esta altura, o Rafa ganhando de dois a um, oficializei um novo relacionamento.
Alguns diriam que foi manobra para empatar.
Junto ao meu segundo casamento, veio a Nina.
Gorducha, bochechuda, mais alérgica que a Talita, com mais enxaqueca que a Débora.
Êta, carma.
Mas não corri da raia.
Contrariando um batalhão de alergistas e uma legião de otorrinos, venho conseguindo salvar suas amígdalas.
Um paradoxo em pessoa.
Consegue agregar e desagregar com a facilidade de quem sabe que fará novos amigos a cada esquina dobrada.
Força adquirida em contratempos, fraqueza desnecessária em ciumentas inseguranças.
Arquitetando sua vida como quem monta e desmonta castelos de letras.

NANI, minha ponte pênsil.


Regozijo.
Virei o jogo.
Giovanna.
Não tem tradução melhor do que "aquela que veio para dar um jeito".
Sim, eu sei que posso estar estigmatizando, mas pra ela isso é mole.
Nasceu avisando que já lera tudo sobre a vida antes de chegar.
Logo depois de nascer, e durante muitas semanas, Gio assustava a gente com abalos que não conseguíamos entender à época.
Convulsões, hipoglicemia, hipotermia?
Nada se confirmava, e aos poucos os abalos foram se acalmando.
Hoje, acho que representavam apenas uma giganteca "força de expansão", semelhante a um big-bang cósmico, contido por um corpo de limites precisos.
Resumindo e reunindo os parágrafos.
Um ode ao crescimento de todas elas.
Ontem me disse que meus textos eram "poesias dissertativas".
E que se eu escrevesse um livro, ele seria seu livro de cabeceira.

Vai namorar, GIJO.



Sergio Castiglione
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