14/05/2010
O DOLO E A CULPA DO COLARINHO SUJO
Somos um País pobre.
Ou não?
Somos um povo feliz.
Feliz?
Assim nos definem.
Em desenvolvimento?
Civil ou Militar.
Faz diferença?
Precisamos de Projetos.
Ficha-limpa, projeto ou obrigação?
Crimes hediondos.
Assassinato, Estupro, Sequestro?
Grandes bandidos.
Mansões nas favelas?
Pau que dá em Chico.
Dá em Francisco?
50 Milhões aqui, vinte na meia.
Temos estatísticos?
Gasta-se em bolsa-família.
Sem ela, morre-se de fome?
Dinheiro público.
A quem pertence?
Sair da pobreza e entrar na dignidade.
Quanto custa?
A falta de mais "per capita".
Tira a saúde? Decapita?
No País do futebol, a criança sem educação
Adolesce Crack?
E o País não toma juízo.
Tem um bom Juiz por ai´?
O crime destas entrelinhas.
Deve ser afiançável?
É branco?
É mortal?
É culposo?
É doloso?
É perpétuo?
Por favor, respondam.
Ou melhor, votem.
Será perpétuo?
Sergio Castiglione
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Me respondendo:
Não somos um pobre País em desenvolvimento, repleto de gente feliz.
Temos informações que bastem para saber que o Brasil tem riquezas suficientes para que nenhum de nós tenha que passar por situações de fome, abandono, desabrigo ou doença inassistida.
Temos consciência de que até então adotamos a omissão e a cumplicidade, que troca favorecimentos pela dilapidação dos nossos recursos individuais ou coletivos.
Sabemos que todos estes expurgos, que todos estes roubos, são cometidos ora diretamente por nossos compatriotas, ora indiretamente pela forma como nos vendem a preço vil para interesses estrangeiros.
Estrangeiros estes (e apenas estes - sem xenofobia), que tentam perpetuar em nossa terra os pecados que vêm cometendo ao longo dos anos em seus "habitats", e para os quais já não encontram perdão.
Sabemos que para agir com tanta safadeza é necessária a presunção de ter algum grau de impunidade.
Daí que a maioria das vezes tais crimes são cometidos por indivíduos que, equivocadamente investimos de autoridade.
Supliquei por estatísticos.
Pois então.
Segundo um grande amigo me lembrou, os crimes das elites têm repercussão danosa que representam de 400 a 4.000 vezes os crimes comuns, do dito povo.
Segundo todos sabemos, Chico apanha muito mais que Francisco.
E segundo a FIESP, a corrupção (apenas parte dela) toma dos recursos públicos em torno de R$ 40 bilhões de reais por ano, o que daria para aumentar em 333.000 os leitos hospitalares à disposição do povo, em mais de 15 milhões o número de vagas em escolas de nível fundamental, em tantos por cento de moradias e em muitos outros tantos por cento em produção de alimentos.
Em resumo e em bom dialeto presidencial, daria para tirar todo mundo da merda.
Só temos sido doentes, burros, desabrigados e famintos perpétuos, porque temos, placidamente perpetuado no poder aqueles que nos matam ou deixam morrer de dor, de impossibilidades, de fome, de frio.
Homicidas de colarinho sujo
Sergio Castiglione