No meu currículo consta como atividade profissional, exercida há 32 anos, a Medicina, mais especificamente a Pediatria.
Durante os últimos dezesseis anos, curiosamente a idade da minha filha mais nova, venho questionando o papel ao qual se relegou o exercício desta profissão.
Fazer diagnósticos, prescrever remédios, curar, ganhar dinheiro.
Por mais que alguns colegas venham a criticar esta descrição, também eles devem admitir que, sem hipocrisia, não há mais do que alguns poucos de nós que sejam capazes de transformar a Medicina cartesiana em uma ciência de caráter holístico, que priorize o ser humano em suas complexidades e individualidades.
E que, exatamente por esta razão, são estes poucos que devem invadir todas as áreas possíveis de atuação, levando adiante esta ideologia, que não é nova e que, na realidade, apenas nos devolve aos tempos primitivos do exercício desta nobre profissão.
Reconheço em mim um certo cansaço e desânimo para lutar, junto aos meus pares etários, contra os caminhos que "horariamente" apontam para o caos do convívio entre os seres humanos e entre estes e o ambiente que os cerca.
Paradoxalmente, e talvez como tábua de salvação, aponto entusiasticamente meus atos na direção daqueles que considero os verdadeiros donos do mundo, tentando usar minha experiência, inclusive a profissional, para que minhas esperanças de melhores tempos se realizem através deles.
Dirijo-me aos adolescentes, sem essa de jovens de espírito.
Aos que têm hoje, e a cada hoje, a idade de 14 a 20 anos, pré ou recém introduzidos no mundo das eleições, das decisões, das maioridades, das responsabilidades. Incluindo a de saber que entre as responsabilidades estarão a de reproduzir este pensamento para os que têm 13, 12, 11, e pela ladeira vai.
Nada a ver com "politicamente correto".
Tudo a ver com "politicamente participante".
Um estímulo a pensar, através de notícias comentadas, sobre o que está acontecendo no mundo que eles nos cedem em comodato ou usofruto.
Temos sido infiéis, como fiéis depositários.
O tempo é curto, e isto é óbvio.
Se aguardarem por nossas soluções, sucumbirão junto conosco.
Portanto, que nos tomem o comando.
Ajam.
Reorganizem-se.
Lutem, por todos os meios.
Ou paguem caro pela omissão.
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17/11/09 - 07h14
Atualizado em 17/11/09 - 07h47 G1 da Globo.com
O governador José Serra (PSDB) diz que o consórcio responsável pelas obras do viaduto do Rodoanel onde vigas caíram ferindo três pessoas na sexta (13) terá de indenizar as vítimas se for comprovada falha. Já os deputados dizem que vão pedir explicações e prometem dar início a uma CPI na Assembleia para apurar a responsabilidade das empreiteiras.
Pois essas empresas que estão agora na mira dos políticos foram há pouco tempo grandes colaboradoras deles. A OAS Engenharia e a Carioca, que compõem com a Mendes Jr. o consórcio responsável pelo lote onde houve o acidente, ajudaram a eleger em 2006 tanto o governador José Serra como outros dez deputados estaduais, quatro deles do PSDB e quatro do PT (partido que hoje patrocina a ideia de uma comissão parlamentar de inquérito na Casa).
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governador José Serra recebeu R$ 1 milhão da construtora OAS e outros R$ 100 mil da Carioca.
Entre os petistas agraciados com doações da OAS estão Adriano Diogo (R$ 50 mil), Rui Falcão (R$ 150 mil), Ana do Carmo (R$ 30 mil) e Carlos Almeida (R$ 50 mil). Rui Falcão não só recebeu dinheiro da OAS como também da Carioca: R$ 5 mil.
Entre os tucanos que receberam recursos da OAS para a campanha à Assembleia Legislativa estão Orlando Morando (R$ 150 mil), Analice Fernandes (R$ 100 mil), Geraldo Vinholi (R$ 50 mil) e Bruno Covas (R$ 15 mil) - este também patrocinado pela Carioca, com outros R$ 25 mil. Já João Caramez (PSDB) teve uma doação de R$ 20 mil da Carioca.
Os deputados Milton Leite Filho (DEM) e Jorge Caruso (PMDB) completam a lista de políticos ajudados pelas empresas que estão no foco do acidente no km 279 da Régis Bittencourt................... ..................
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A prática usual é financiar com o mesmo valor os dois ou três candidatos melhor colocados.
É para isso que servem as pesquisas encomendadas, para saber a quem financiar.
Feito isto, doa-se 1 milhão para cada candidato, e recupera-se em contratos, pós eleição, o total aplicado. Com juros, correção, incorreções, e superfaturamentos.
Não é doação de campanha, nem financiamento de campanha. É aplicação financeira com lastro em caixa 2.
Afinidade?
Apadrinhamento?
Indicação de parente?
Resultado de pesquisas?
Qualidade do jingle?
Como voces vão votar?
PS: Cuidado com suas cabeças. Sobre elas podem cair viadutos, pedras de 25 quilos ou sacos com 1 milhão de reais. Todos são mortais.
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