23/03/2007
ATITUDES DE PREVENÇÃO - XII
À REDE GLOBO, AOS FÃS E
AOS
OPOSITORES DO BBB
Por Sérgio Castiglione
Recebi um e-mail que está circulando na Internet com alusões ao BBB, iniciando por criticar o apresentador Pedro Bial por referir-se aos jogadores da casa como "Meus Heróis", para em seguida, ao perguntar o que seria para ele a definição de Herói, comparar os habitantes da casa a pessoas que, através de trabalho voluntário de assistência social aqui e em outros países (cita o Médicos Sem Fronteiras) seriam os verdadeiros heróis do nosso tempo.
O e-mail é CONTUNDENTE e deve ser "STARTIZADOR", e por isso, lá vai;
Espero que este texto seja vanguardista de uma tendência, ao sugerir que a Rede Globo, consciente da força que tem, antecipe-se a um possível crescimento de um movimento que ora se inicia , e crie um "link" entre cada um de seus Heróis/Jogadores e uma entidade/organização de reconhecida seriedade no campo do trabalho voluntário e da assistência social.
A exemplo do que já é feito no programa da Angélica, que a elas destine percentual expressivo dos vastos recursos recebidos pela Rede Globo ou pelos patrocinadores associados ao programa, tomando como exemplo a Telemar (313131313131), empresa tão carente de melhor imagem junto ao público consumidor.
Ajudando, desta forma, as entidades carentes de recursos, em especial aquelas envolvidas na educação e sustento de crianças desfavorecidas, a emissora estaria trazendo um "upgrade" ao seu programa de entretenimento, e colaborando de forma exemplar para que a formação destas crianças atendidas pudesse leva-las a uma maioridade com horizontes bem mais amplos do que a ambição pelo dinheiro fácil ou a perspectiva de participar de um programa de concepção não brasileira, cuja carga cultural ao final agregada, convenhamos que com raras exceções de natureza intrínseca de alguns participantes, alcança apenas o "fabuloso" limite de um site Paparazzo ou aparições em programas televisivos de segunda linha.
É óbvio que esta sugestão pode ser considerada hipócrita, ridícula ou utópica. Mas não é. Trata-se na verdade do reconhecimento das mudanças dos tempos e das necessidades de adaptações ao longo dos nossos processos evolutivos, e isso inclui atitudes críticas, por vezes sarcásticas ou provocadoras. No caso do nosso País, há urgência de fins e de meios.
Esta idéia vislumbra paralelamente a possibilidade de um movimento civil, parte do que agora chamamos de Sociedade Ativa, que não quer e não pode mais ficar "Só Espiando".
E cuja extensão pode ser tão gigantesca quanto as possibilidades de divulgação que a Internet e a própria Rede Globo nos der ou nos negar.
E, para fazer juz à auto-inclusão neste seleto grupo denominado Sociedade Ativa, sugere-se também que a sociedade civil, através de suas diversas formas de organização (Associações, Clubes, Grêmios, etc.) pense em se reunir em torno de programas deste tipo, fazendo uma votação paralela (e não apostas), ou em cada programa, ou ao longo de uma série, ou apenas na edição final, destinando para a instituição assistencial escolhida um valor simbólico por voto(digamos, R$ 0,20). A emissora poderia inclusive desenvolver meios para contabilizar estes votos, além de poder criar meios que permitissem repasses diretos de percentuais dos votos por ela recebidos para as contas das entidades assistenciais.
As razões sociais e culturais desta proposta são claras. Quanto às razões econômicas, reportando-se apenas ao último "paredão" de 50 milhões de votos, e estimando aleatoriamente o número de votos pagos (sem internet) em 1 milhão de votos (seria mais?), teríamos 1 milhão de vezes R$0,20 de agradecimentos e boas vindas aos "nossos heróis".
Dá trabalho? Dá, e muito.
Mas não somos nós que dizemos o tempo todo que não podemos mais ficar parados, de braços cruzados, "só espiando", a esperar que a sorte nos indique um "líder" ou um "anjo" para mostrar caminhos ou trazer felicidade?
Será que, entre um Paparazzo e outro, somos sempre nós que vamos "ficar com a bunda exposta na janela, pra...."?
Como diz, ou mais feliz, como canta o poeta
"A VIDA PODIA SER BEM MELHOR
E SERÁ"