Fala sério
O título (na verdade, dois em um) caberia bem para denominar uma dupla de comediantes.
Serve, portanto para prestar justa homenagem à Café Pequeno e Currupita, dupla de palhaços por profissão, que batalham honesta e arduamente para ganhar a vida, ainda mais neste País onde uma minoria tenta transformar a esmagadora maioria em palhaços por nascimento.
Fala sério pode também homenagear um querido amigo de cinco décadas, que é pioneiro na utilização do bordão, pai assumido de dois e padrasto assumido de quatro, que vem falando em gerar mais gente, e cuja mulher (homenageada pelo título dobrado) sugere que sejam gêmeos. Fala Sério.
Fala sério pode ser destinado à minha própria mulher, que se viu repentinamente invadida por um instinto maternal, desses que faz espermatozóide dar a volta em trompa ligada, convicta de que o mundo precisa ser repovoado num sistema de troca, em que cada peça defeituosa que se extingua seja reposta por uma mais bem preparada. É vontade de por a Terra no colo e ninar.
Fala sério é o recado que eu gostaria de dar àqueles que continuam a fazer da bandeira do crescimento o atalho mais rápido e cruel para o fim da nossa tão bela e curta história.
Fala sério surgiu como tema quando uma pessoa que se declarou como fã do que eu escrevo (gente, eu tenho uma fã) indagou porque eu estava há tanto tempo sem escrever. E eu respondi, cá pra dentro de mim, que nada havia ou muito havia de sério para falar. Um mosaico. Eu e a Terra rachando.
Um Craquelê.
Pois, de sério, pouco se escreveu sobre Dengue.
Pois, de sério, pouco se escreveu sobre Cartões Corporativos
Pois, de sério, pouco se escreveu sobre Ronaldos
Pois, de sério, pouco se escreveu sobre Isabellas
Pois, de sério, nada se escreveu sobre adolescentes grávidas abandonadas e queimadas.
Meu instinto de sobrevivência foi colocado de plantão.
Correndo pra cima e pra baixo.
O espírito em Craquelê.
Correndo pra cima e pra baixo
Meu instinto de sobrevivência foi colocado de plantão
Pois, de sério, nada se escreveu sobre adolescentes grávidas abandonadas e queimadas
Pois, de sério, pouco se escreveu sobre Isabellas
Pois, de sério, pouco se escreveu sobre Ronaldos
Pois, de sério, pouco se escreveu sobre Cartões Corporativos
Pois, de sério, pouco se escreveu sobre Dengue
Um Craquelê
Fala sério surgiu como tema quando uma pessoa que se declarou como fã do que eu escrevo (gente, eu tenho uma fã) indagou porque eu estava há tanto tempo sem escrever. E eu respondi, cá pra dentro de mim, que nada havia ou muito havia de sério para falar. Um mosaico. Eu e a Terra rachando.
Fala sério é o recado que eu gostaria de dar àqueles que continuam a fazer da bandeira do crescimento o atalho mais rápido e cruel para o fim da nossa tão bela e curta história
Fala sério pode ser destinado à minha própria mulher, que se viu repentinamente invadida por um instinto maternal, desses que faz espermatozóide dar a volta em trompa ligada, convicta de que o mundo precisa ser repovoado num sistema de troca, em que cada peça defeituosa que se extingua seja reposta por uma mais bem preparada. É vontade de por a Terra no colo e ninar.
Fala sério pode também homenagear um querido amigo de cinco décadas, que é pioneiro na utilização do bordão, pai assumido de dois e padrasto assumido de quatro, que vem falando em gerar mais gente, e cuja mulher (homenageada pelo título dobrado) sugere que sejam gêmeos. Fala Sério.
O título (na verdade, dois em um) caberia bem para denominar uma dupla de comediantes.
Serve, portanto para prestar justa homenagem à Café Pequeno e Currupita, dupla de palhaços por profissão, que batalham honesta e arduamente para ganhar a vida, ainda mais neste País onde uma minoria tenta transformar a esmagadora maioria em palhaços por nascimento.
Endereços no bairro |