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31/05/2007

ATITUDES DE PREVENÇÃO - XIII


QÜESTÃO DE COMPETÊNCIA

Por Sérgio Castiglione

A competência é dom e função, e desta forma deveria se restringir exatamente àquilo e àqueles que lhes é inerente. O Dr. Temporão, enquanto ouvinte, sabe apreciar bem o valor musical e cultural do Sr. Pagodinho. E, assim pensando, serão Zeca e AMBEV suficientemente capazes para julgar a competência do Ministro José?

Não foram poucas as oportunidades em que tentei abordar consciências, me referindo a quanto estamos sendo mal conduzidos pelos ditames capitalistas da nossa sociedade de consumo imediato e inconseqüente, na busca e conquista da falsa felicidade. Apreciador, que também sou, das músicas do Zeca Pagodinho, e colega de turma do Dr.José Temporão, me sinto totalmente à vontade para me meter neste bolo.

Atenho-me com certa perseverança às premissas de que o ser humano não pode evitar seu processo evolutivo, e de que aquilo que nos é mais inerente é a busca constante do bem estar, da felicidade.
Neste ponto, a colaboração dos contendores acima é, "cada um com seu cada qual", de valor inestimável.
Nossa neuroafetividade necessita de boa música.
Nossa saúde, enquanto institucional e entregue a nossos gestores, necessita de um bom Ministro (já passava do tempo).
Nossa felicidade não pode ficar à deriva num mar de interesses escusos.
E é preciso reconhecer que a utilização impensada de qualquer tipo de atitude ou de drogas para obter a felicidade imediata terá sua posterior conseqüência.

Recorro à minha confessada idolatria por um ícone de nosso cenário musical, e lembro de uma música do Chico e do Francis Hime, contemporânea e atual desde 1976, que fala de amizade e dessa nossa terra de samba, futebol e mutretas.
Escrevo também, portanto, "de teimoso e de pirraça", "só de birra e só de sarro".
Naquele tempo, com 23 anos de idade, a cachaça e o cigarro também me faziam rima e companhia, e eu acreditava que me ajudavam a ultrapassar momentos de angústia ou infelicidade, pois a "coisa por aqui estava preta". Estávamos, eu e Dr. José, no penúltimo ano de nossa formação.

Mas vejam, aí vem a tal da evolução.

Hoje, por conta de consciência, pneumotórax, gastrite e esofagite, não fumo e não bebo.

O Ministro propõe discussões sobre o aborto. Não compra bicicletas e guarda-chuvas.
Tenta coibir o abuso na propaganda e venda de bebidas alcoólicas.

Mas que não o faça só com a do Zeca.

Veja que toda novela de "ficção" do horário nobre tem um núcleo-bêbado e um núcleo-bar; e que quase todos os bares da não-ficção tem uma maquininha de jogo, colorida e com barulhinhos "hightec", que promete felicidade instantânea enquanto rateia com "a branquinha" os últimos trocados. E por aí vai.

É no mínimo corajosa a postura de um Ministro da Saúde que referencia claramente os temas de tabagismo, alcoolismo e aborto como problemas de saúde pública, mesmo sabendo que, ao assim agir dentro de sua competência, estará se confrontando com setores poderosos e dogmáticos que, dentro de suas competências, a ele reagirão.

Vida longa a este Ministro.

Dele aguardaremos, acompanhados de boa música e de muita responsabilidade social, novas e corajosas atitudes de um líder que seja confiável em sua área de atuação.

Que ele estenda, como função que a ele pertence, sua presença na mídia em campanhas de prevenção da saúde pública, substituindo as personalidades / figurinhas fáceis que hoje nos tem sido apresentadas nestas ocasiões.

Ao abordar o tabagismo:
Traga à lembrança de que em 31/05 se "comemora" o Dia Mundial Sem Tabaco;
De que morrem cerca de 600 pessoas por dia no mundo, por causa do câncer de pulmão, com crescimento absurdo da proporção de mulheres atingidas;
De que o hábito de fumar também já se inclui entre os fatores capazes de interferir nos laços afetivos e contextos familiares;
De que Nicotina, assim como as mais de 400 outras substâncias do cigarro, é droga, é química. E como a indústria química "precisa sobreviver", já antepõe, na mídia que atinge aos leigos consumidores, ao veneno do tabaco o antídoto de novas, potentes e caríssimas drogas.

Ao polemizar sobre o aborto:
Faça a abordagem de um dado, veiculado em artigo do nº 57 da revista RADIS, editada pela FIOCRUZ, intitulado "Mulheres Brasileiras...Mortes Invisíveis", que mostra que complicações decorrentes da gravidez e de atos a ela relacionados causam a morte de 73 mulheres para cada 100.000 crianças nascidas vivas (no Chile são 19, no Canadá 6).

Enquanto se impõe nesta atual e absurda queda de braço:
Lembre que no Brasil morrem 35.000 pessoas por ano (na Inglaterra não chega a 200), vítimas de acidentes de trânsito em que a presença do álcool é inconteste, sendo em sua maioria adolescentes e adultos jovens;
Que o álcool, principal "droga euforizante" (ou falsamente "desangustiante") consumida pelos jovens, é causa de absenteísmo escolar;
Que o álcool é fator preponderante na desestruturação de grande número de famílias brasileiras;
Que o consumo de bebidas alcoólicas está diretamente relacionado como o aumento de casos de Gravidez Não Programada e de Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Ao ocupar espaço na mídia cumprindo seu competente papel:
Interfira direta, definitiva e eficazmente, também, no abuso da propaganda de medicamentos, mormente pela mídia televisiva.
Atue apontando que, na prática, quando um ator indica ou sugere ou propaga o uso de determinado medicamento, isto não passa de um exercício ilegal da medicina, e desta forma deveria ser apontado e tratado;
Fale que esta propaganda é um embuste que atinge principalmente a classe social que não tem acesso adequado aos órgãos de saúde, despendendo recursos de forma desnecessária e cruel;
Coloque-se ao lado deste povo que está, conseqüentemente, perdendo saúde e boa informação;
Avise que não somos um país de Gripados(as) ou de Entupidas (curiosamente, talvez porque quem faz compra de supermercados seja a mulher, não há propaganda sobre prisão de ventre nos homens);
Garanta que nenhum iogurte vai deixar melhor a pele de ninguém.

A condução da saúde do nosso povo não pode estar sujeita a danças e frituras ministeriais, devendo fazer parte obrigatória de um plano diretor de longo prazo, de um "pacote atemporal",

Já vai longe a época de acreditar que "sem o cigarro e a cachaça, ninguém segura este rojão"

Ao Ministério do Dr. José Gomes Temporão, vida longa e boa música.

Coragem e Coerência

Competência.


Sérgio Mourão Castiglione
Médico Pediatra
[email protected]
www.sergiocastiglione.med.br
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