SOBRE AS REFORMAS DO COSME VELHO

Caros moradores do Cosme Velho e de Laranjeiras

Foram publicadas no O GLOBO Zona Sul em 30/12/2010 e em 27/01/2011 duas matérias abordando reformas previstas para o bairro do Cosme Velho. Na edição de 03/02/2011 foram publicadas duas cartas de leitores, uma de morador do Cosme Velho e outra de moradora de Laranjeiras. (ver materias)

Como há questionamentos em ambas, embora o conteúdo aponte mais para o apoio às medidas propostas, cabe-nos respondê-las publicamente, esperando que a resposta seja veículo de aproximação destes e de outros moradores às Associações dos dois bairros, que há muito tempo vem lutando bravamente pela qualidade de vida da região.

Há alguns anos a AMA Cosme Velho vem intensificando suas ações no sentido de alcançar o equilíbrio adequado para a partilha, pelos moradores, do espaço público do bairro, que recebe diariamente milhares de turistas, milhares de veículos transportando cariocas entre o centro e a zona sul, milhares de estudantes que frequentam as escolas e as calçadas do bairro.

Mas há que priorizar o morador do bairro, o comerciante do bairro, as crianças do bairro, que necessitam se deslocar diariamente (num sentido literal da palavra) pelas calçadas do bairro.

As reportagens sobre as reformas propostas, pleito de longa data, apontam para a redução das pistas de rolagem dos automóveis, e isto tem sido, por vezes, interpretado de forma equivocada.

Em alguns pontos da rua Cosme Velho a passagem de dois automóveis em cada sentido, ao mesmo tempo, só é possível à velocidades ínfimamente baixas (caso específico da curva que confronta o lado ímpar da casa da Sociedade de Pediatria, com os dois trechos do lado par, na casa tombada da padaria e na Vila Júlio).

É exatamente nestes pontos que as calçadas são mais estreitas, mal sendo possível a passagem de uma pessoa hígida, e sendo totalmente impossível a passagem segura de crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, carrinhos de bebês.

Não há contrassenso em reduzir a largura da rua nestes locais. Só se colocam contra esta medida aqueles que não usam estas áreas na condição de pedestres, aqueles que querem acessar mais rapidamente o Rebouças, aqueles que moram em prédios adjacentes que temem engarrafamentos às suas portas, ou que não compreenderam na íntegra as reformas propostas.

Contrassenso é manter o risco para os transeuntes, em calçadas estreitas, esburacadas, falsamente protegidas por seus proprietários com os mais diversos tipos de combalidos “fradinhos”, desrespeitosamente tomadas por todos os tipos de obstáculos.

O projeto das reformas é amplo, abrangente, cuidadoso, desenvolvido desde sua concepção inicial por arquiteto morador do bairro (Rodrigo Azevedo), e que vem sendo discutido com a AMA Cosme Velho desde 2005, o que pode ser acompanhado acessando os diversos links existentes para “notícias do bairro” e "Associações” no site bairrodaslaranjeiras.com.br.

A necessidade de sua implantação, para conforto e segurança dos moradores do bairro, é mais do que imediata.

Quanto ao Cosme Velho ser prolongamento de Laranjeiras, ou vice-versa, tal fato não é deixado de lado em nenhuma das ações movidas pela AMA Cosme Velho que tem hoje na presidência o Sr. Pedro Conti (que por décadas esteve à frente da Papelaria Contigráfica), e cujo ex-Presidente Alceu Nobre Junior se encontra hoje na diretoria da AMAL. As duas Associações sempre procuram adotar ações parceiras, não havendo em nenhuma hipótese a brincadeira de “puxar a brasa para a sua sardinha”.

Sergio Castiglione
Vice-Presidente da AMA Cosme Velho
[email protected]

Assinam também o texto:

Pedro E.M.Conti
Presidente da AMA Cosme Velho

Denise Braune
Diretoria Jurídica da AMA Cosme Velho

Richard Riguetti
Diretoria Cultural da AMA Cosme Velho

Joaquim Santos
Diretoria da AMA Cosme Velho

Sonia Miranda
Secretaria da AMA Cosme Velho

Alceu Nobre Junior
Ex-Presidente da AMA Cosme Velho

Rodrigo Azevedo
Arquiteto e Morador do Cosme Velho