/Notícias |
Estamos vivendo o início de um novo ano, o que
traz a expectativa de correção de rumos, tempos mais prósperos e felizes.
Mudanças.
Não emudecimentos.
Ao que parece, pelas notícias veiculadas pela
mídia (mesmo que naquele exíguo espaço que resta entre as de patrulhamento do
Lula e as sobre nossos “novos heróis” - arghhhhhh), a Prefeitura do querido Rio
de Janeiro está procurando dar uma boa ajeitada na cidade maravilhosa.
A instalação do Centro de Controle que monitora
grande parte do cotidiano funcional da cidade, a crescente vitalidade dos
processos culturais, a participação quase imprescindível das empresas X, são alguns
dos sinais da alavanca que nos pode fazer crescer através dos investimentos
públicos e de empresas privadas.
Sem dúvida, neste processo acontecem erros e
escorregões, involuntários ou premeditados.
Entretanto, erro maior é o da inércia de
cidadãos que assistem aos desmandos diários sem nada fazer.
É
verdade que o acesso do cidadão comum às esferas administrativas, embora mais
facilitado pelas tecnologias atuais de comunicação, não tem o retorno tão ágil
quanto a rapidez dos processos de contato faz supor.
Esperamos dias para ter retorno, nem sempre com
a solução adequada, de nossas demandas a serviços do governo ou de
concessionárias, entre outros.
Reclamamos dos preços altos, na verdade exorbitantes, de determinados
estabelecimentos comerciais do bairro, mas não os
boicotamos e continuamos a fazer nossas compras, refeições, etc... nestes
mesmos lugares.
Assistimos a queda diária de fradinhos eárvores nas nossas calçadas, mas não exigimos de forma mais contundente o
respeito aos sinais e à velocidade do transito. Muito menos que corrijam as
cuvas mal feitas da Rua Cosme Velho ou a altura protetora de seus meio-fios.
Reclamamos dos que obstruem nossa passgem pelas
calçadas, mas convivemos com isso dando voltinhas pelo meio da rua, nos
colocando em risco.
Tropeçamos nos buracos da calçada alheia mas
não corrigimos a nossa.
Convivemos com o aporte diário médio de 3.000
turistas ao bairro e admitimos que os mesmos sujem nossas ruas, estacionem
sobre nossas calçadas, gerem um caos urbano intermitente, atraiam todo tipo de
serviço agregado, e tudo isto acontece com qualidade zero de controle e
adequação.
Os turistas, em grande parte, não tem qualquer
tipo de compromisso com o lugar, agindo como “formigas de carregação”, ou seja,
aproveitam o passeio e vão embora sem se importar com o rastro deixado.
A culpa não é deles, é nossa.
Nós, os moradores, precisamos fazer com que os
turistas e os gerenciadores públicos e privados desta importante atividade
compreendam definitivamente que eles são bemvindos, mas que aqui não é mais a
casa da mãe Joana.
Ela precisa se mudar do Cosme Velho.
E sem deixar saudades.
Sergio Castiglione
(Vice-Presidente)