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Sob os arcos do MAM
À ditadura militar não interessavam as críticas inerentes aos textos e/ou interpretações teatrais...
Por Gilson Nazareth




Laranjeiras (bairro de todos)
No concurso Laranjeiras em Prosa e Verso, houve, por regulamento, dois primeiros lugares na poesia.


RUA ALICE: Pólo cultural de Laranjeiras????

O outro lado da história da Alice no país do tudo pode


Na edição passada, o jornal Folha da Laranjeira publicou uma matéria enaltecendo tudo o que acontece na rua Alice. No entanto, a matéria gerou a reação do Movimento de preservação da Qualidade de Vida na rua Alice, que enviou um artigo. Como o jornal é democrático, publicamos abaixo o texto enviado.

Movimento de preservação da Qualidade de Vida na rua Alice


A rua Alice sempre foi uma rua ligada a cultura. Várias empresas do ramo de Comunicação tinham seus escritórios nesta rua, Pery Filmes do Brasil, Top Tape, Laboratório 16 entre outros, outras vieram com o tempo. O comércio sempre teve uma boa relação com os moradores. O falecido Serafim, Sr. Francisco do açougue, Sr. “Zé” da quitanda, o “Chico” da banca, Sr Álvaro da barbearia sempre conviveram harmoniosamente com os moradores. De uns tempos para cá esta relação foi prejudicada devido a atitudes de comerciantes que resolveram desrespeitar os moradores da rua. Não temos nada contra a boemia muito menos contra o lazer, só precisamos entender que o município possui leis que precisam ser seguidas e obedecidas visando a boa convivência entre os cidadãos. Todos tem o direito ao lazer do mesmo jeito que tem direito ao descanso.Não podemos é aceitar, enquanto moradores, que estabelecimento que possui alvará para funcionar como quitanda e mercearia se transforme em casa de shows. Não podemos aceitar que nossos Portões se transformem em banheiros públicos, que música alta desrespeite o horário do silêncio,que nossas calçadas sejam invadidas por mesas e cadeiras, que pessoas andem pela rua de madrugada gritando e quebrando o mobiliário urbano...tudo com o nome de Boemia e quando acaba o divertimento, todos vão para suas casas e terão seus sonos reparadores... Nós moradores é que limparemos nossas portas do cheiro insuportável de urina, conviveremos com a “ressaca” por não ter dormido enquanto outros se divertiam e alguns ainda nos taxarão de “chatos”.

Entendemos por Cultura uma relação de interação entre o comércio e os residentes locais. Cultura na verdade é o conjunto de características humanas que não são inaptas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade.

Um bom exemplo da falta da aplicação das leis no município é a instalação da Casa Rosa como Centro Cultural, como pode a casa Rosa possuir alvará? Será que possui para funcionar como casa noturna? Será que os moradores da redondeza estão satisfeitos com as noitadas da Casa Rosa? Quais os benefícios trazidos pela Casa Rosa para nossa rua? A antiga famosa Casa Rosa não trazia a metade dos problemas da atual. Em contrapartida o restaurante Canto d’Alice é um exemplo de como o comerciante pode respeitar e conviver com os moradores, várias medidas foram tomadas desde de sua inauguração para atenuar problemas com a vizinhança. Sugerimos aos usuários dos serviços culturais que descansam em suas casas silenciosas depois da noitada, dormirem no lugar onde tudo pode... talvez passem a entender o que passamos.




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Jornal da AMAL
ano 26 - nº 211
Mar-Abr/06