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O Globo - Zona Sul - 18 de outubro de 2007

Um século e meio de inclusão

Criado em 1857, Instituto de Educação de Surdos é hoje referência nacional em ensino

Por Lívia Breves
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O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) acaba de completar uma data importante: um século e meio de trabalho com e para deficientes auditivos. Pela instituição, instalada num imponente casarão na Rua das Laranjeiras, passam, todos os anos, cerca de 600 alunos - do ensino médio até a faculdade de pedagogia, que foi aberta há dois anos e atende alunos bilíngües, isso é, surdos e ouvintes.

A escola é referência nacional desde 1993, quando alterou sua metodologia e não pretende mais orgalizar o aluno surdo. A partir daí, seus profissionais passaram a divulgar por todo o país essa nova vertente de ensino.

Na casa, além das matérias básicas, como português, matemática e libras (língua de sinais), artes, natação e teatro fazem parte do currículo.

- Nas oficinas ou na água, são exercitados o lúdico e a parte motora, áreas fundamentais para a formação. Nosso próximo passo é aumentar a inclusão digital. Já temos laboratórios de informática e estamos trabalhando, agora, no de literatura computadorizada - conta Cleide Azevedo, diretora do departamento técnico do instituto.

Desde o início do ano, a entidade, bem como os alunos, andam agitados com os festejos dos 150 anos de fundação. Logo à entrada, uma exposição leva o visitante a viajar pelo tempo e destaca ainda o talento de artistas do Ines. São pinturas, instalações e esculturas em homenagem à data.

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Fotos de Marco Antonio Cavalcanti

   

Esquerda: Na biblioteca, a aluna da pedagogia Hicla Curvello: formação completa
Direita: No túnel do tempo: a fotografia da década de 30 retrata como eram as aulas na época

   

Esquerda: Na turma de artes plásticas, os alunos são motivados a usar a criatividade em seus eercícios
Direita: A oficina de cerâmica: Tiago Moreira e Natércia Silva são auxiliados pela professora Neyde Amorim

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