FL – O que você acha de morar em Laranjeiras?
Maíra - Sou apaixonada pelo bairro das Laranjeiras. Nunca morei em outro lugar. Moro aqui desde sempre (risos). Mudamos de prédio algumas vezes, mas nunca saímos do bairro. Adoro caminhar por Laranjeiras e falar com as pessoas. A minha família sempre morou aqui, então conheço todos, desde o jornaleiro aos comerciantes. Jamais moraria em outro lugar.
FL – Qual o lugar aqui no bairro que você mais gosta de ir?
Maíra – Gosto de ir a Hide Way, mas costumo freqüentar a Tasca do Edgar, lugar onde como os deliciosos pasteizinhos de camarão e siri, feijoada e bato papo com os meus amigos. Meu avô era muito amigo do Sr. Edgar. Freqüento o lugar quando ainda estava no meu carrinho de bebê.
FL – O que você gostaria que melhorasse no bairro?
Maíra - Gostaria de que o Projeto das Casas Casadas realmente fosse inaugurado. Na minha opinião este é um dos maiores problemas que o bairro têm, seguido do trânsito e segurança, que são péssimos, mas que ocorrem em todo o Rio de Janeiro. É uma pena ver um espaço cultural tão belo e sem atividade.
FL – Sua mãe sempre apoiou você na sua escolha pela música ou foi influência paterna?
Maíra – Meu pai é muito ocupado. Ele viaja bastante, portanto não temos um contato freqüente, mas sempre que dá nos vemos. Minha mãe sempre quis que eu fosse atleta ou bailarina, mas não deu muito certo (risos). Comecei a fazer natação no Fluminense quando ainda tinha seis meses de vida. Parei, porque a atividade exigia que eu acordasse muito cedo e não agüentei o ritmo. Tentei fazer vôlei, basquete e depois o ballet. Enfim tentei todos os esportes em que minha mãe me colocou, mas não levo jeito mesmo (risos). Não sou uma pessoa esportista, desisti.
FL – Qual foi a maior emoção da sua vida?
Maíra - Foi quando toquei no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, acompanhada pela Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro e onde solei meu primeiro Concerto para Piano e Orquestra. O Theatro estava lotado. Um público de aproximadamente três mil pessoas, no evento que a Prefeitura oferece todo o último domingo do mês, em que os ingressos custam R$1,00. Estava muito emocionada. Foi o meu primeiro solo.