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A Superintendência de Vigilância em Saúde do Rio vai intensificar o combate à dengue na Zona Sul a partir do dia 21, quando começa oficialmente o verão. Os números da doença justificam a preocupação da prefeitura com a região, que continua registrando o maior número de casos na cidade. A quantidade de registros, inclusive, já superou o total do ano passado. Foram 88 casos até novembro contra 71 em 2004. Em junho deste ano, como mostrou O GLOBO-Zona Sul, eram apenas 54. Portanto, houve um aumento de 62%. Mas o que mais preocupa ainda é o índice de infestação predial. Na Zona Sul, a incidência de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em residências é de 2,18%, chegando a 13,53% em Laranjeiras. A Organização Mundial de Saúde tolera índice de até 1%.
Intitulada de Plano Verão, a ação vai mobilizar 80 agentes de saúde. Além de fazerem as inspeções rotineiras nas residências, alguns deles distribuirão panfletos em toda a orla. Uma série de palestras com quiosqueiros, síndicos, porteiros e representantes do setor hoteleiro também está programada. O plano terá o apoio do Sindicato da Habitação (Secovi-RJ), como aconteceu no Dia D de combate à doença.
- Estamos planejando um grande trabalho junto a essas pessoas, que, além de verificarem suas dependências, podem servir como multiplicadores, levando informação a turistas e à população - adianta Mauro Blanco, coordenador de Controle de Vetores da Secretaria municipal de Saúde.
A taxa de incidência da doença na Zona Sul (número de casos por cem mil habitantes) também está acima da média da cidade: 10,8 casos por cem mil habitantes contra 7,1 do município. A diferença para os números absolutos é que com a taxa pode-se fazer comparações entre populações de tamanhos diferentes. Na Glória, por exemplo, apesar de terem sido registrados apenas três casos até novembro, a taxa é a maior da região (29,7).
O índice de infestação predial é referente ao último levantamento, feito nos meses de setembro e outubro. Apesar de a taxa estar acima de 1%, Mauro Blanco não acredita em epidemia no próximo verão.
- Estamos em alerta porque no verão o mosquito se prolifera rapidamente. Mas os números não indicam uma possibilidade de epidemia a curto prazo - argumenta ele
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