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Gilson Nazareth
Mestre em Educação IESAE - FGV
Doutor em Comunicação e Cultura ECO - UFRJ


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Jan Theophilo: “Laranjeiras é melhor que o Leblon, só que nós não temos marketing”

Aline Garcia e Fábio Amaral

Reprodução de video

Ele já morou na Soares Cabral, na Rua das Laranjeiras e na Pinheiro Machado. Depois de um tempo exilado na Barra da Tijuca e de morar na Gávea e no Leme, Jan Theophilo voltou para o bairro que considera “mais chique que o Leblon”, como costuma dizer.

Se na vida pessoal, o jornalista de 38 anos já passou por diversos lugares, na vida profissional sua história não é diferente. Começou como estagiário no jornal O Fluminense, foi repórter e editor assistente da coluna Informe JB, do Jornal do Brasil, passou a assistente da coluna “Gente Boa”, no jornal O Globo, até chegar a assistente de Lauro Jardim, na coluna Radar da revista Veja. Neste momento que Gigi Carvalho, do jornal O Dia, deu-lhe o ultimato: “Até quando você quer ser editor assistente?”. Foi assim que Jan tornou-se editor da coluna Informe do Dia, do Jornal O Dia.

Jan tirou algumas horas do precioso final de semana que costuma reservar para curtir com a esposa e o filho de três anos para conversar com a Folha da Laranjeira. O cenário para o papo descontraído foi a locadora / café Moviola, localizada na Rua das Laranjeiras.

FL: Qual a diferença entre trabalhar na redação do jornal e ser colunista?
JT: Na coluna o jornalista tem que ser mais rápido. Cada nota é uma reportagem, você tem que ter mais atenção e ser mais rápido. Não pode não ter notícia. Na reportagem, se mandarem você entrevistar o Sérgio Cabral, mas se ele não puder receber ou se passou mal, você volta e não tem reportagem. Na coluna não pode não render. Você chega na redação e tem uma página em branco que tem que ser preenchida.

FL: Qual o limite de dar ou não uma notícia que se tem de bastidores e como é a relação com as fontes (de onde nasce a informação)?
JT: A relação é construída a base de confiança e entendimento mútuo, do que é o trabalho do jornalista e qual o papel da fonte. Quanto ao limite, é o limite do diabinho. Eu não quebro off. Se você me diz que a Blockbuster vai comprar a Moviola, eu não vou dar a nota no dia seguinte. Mas se passarem duas semanas e outra pessoa vier me dizer que a Moviola vai ser vendida, aquela informação anterior pode render uma matéria.

FL: Você já trabalhou em coluna de celebridades e colunas políticas. Como é transitar pelos dois universos?
JT: Não tem muita diferença não. O objetivo é o mesmo. A questão é como você se coloca como jornalista. Eu posso tratar da gravidez da Tais Araújo ou de uma denúncia da Solange Amaral na CPI da Câmara dos Deputados com o mesmo desleixo ou seriedade.

FL: Você nasceu no Jardim Botânico, mas escolheu Laranjeiras para viver. Quais suas lembranças do bairro?
JT: Eu acho que Laranjeiras é o melhor bairro do Rio de Janeiro. É melhor que o Leblon, só que a gente não tem marketing. Guardo recordações da infância no Parque Guinle, onde hoje levo meu filho e tiro fotos nos mesmos lugares.

FL: O movimento comunitário mudou muito de 20 anos pra cá?

JT: A política mudou, o país mudou. A gente vinha do fim de uma ditadura militar. É natural do ser humano ser maniqueísta, querer ter o bem o mal porque é mais fácil escolher. Na ditadura havia o lado do bem e o do mal. E o lado do bem iria um dia chegar e mudar as coisas. Não estou falando do PT, estou falando do contexto. A gente tinha um voluntarismo na época que não só o movimento comunitário, mas o movimento estudantil e o movimento sindical.

FL: Hoje em dia como você vê todos esses movimentos?
JT: As coisas mudaram. Hoje você tem na estrutura da prefeitura, as subprefeituras que são um canal de comunicação mais ligados a comunidade, que não existiam 20 anos atrás. Antigamente você tinha o movimento comunitário, hoje você tem o movimento gay, entre outros. A gente tá vivendo um momento em que a sociedade está perdendo a capacidade de mobilização. Eu lembro do impeachment do Collor, em que teve uma noite do panelaço. Foi uma das coisas mais emocionantes que lembro da minha vida. Todo mundo foi para as suas janelas bater panela no horário combinado. Isso não acontece mais, porque tudo banalizou. A gente fez 30 mil passeatas vestidos de branco e resultaram em quê? Entrou muito marketing, muito oportunista nesses movimentos, teve as explosões das Ongs, etc. Perdemos o foco.

FL: Quais os principais problemas que você aponta no bairro?
JT: Segurança, é óbvio. Laranjeiras tem restaurante, tem livraria, vídeo clubes mas não tem uma coisa top. Não é possível que esse bando de gente que mora aqui não queira e tenha que ir ao Leblon.

FL: Recentemente você deu uma nota 2,5 para as Casas Casadas em sua coluna. Qual sua opinião sobre a presença da Riofilme dentro do imóvel?
JT: A Riofilme precisa dessa estrutura toda para estar funcionando? Escritório pra quê? Pra alguém ficar passeando no orkut? Por que as Casas Casadas não funcionam como centro cultural pra comunidade? Liguei pro Daniel (Leite, concessionário) e ele disse “vamos fazer, vamos fazer”. Já estou ouvindo “vamos fazer” há cinco anos. Eu já nem lembro mais se no projeto são um ou dois cinemas. Por que esse troço não está funcionando?




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Jornal da AMAL
ano 27 - nº 221
outubro/2007