MACRO & MICRO
Por Gilson Nazareth
Temos necessidade de sobreviver, a cada momento sucessivo, numa sociedade que perde sua qualidade de vida em ritmo vertiginoso: saúde, educação, segurança, confiança e perspectiva de futuro. Vivemos uma proposta política de desestruturação e desmoralização das instituições públicas.
O cidadão brasileiro está compelido a sobreviver apelando para um individualismo de pouca duração e valia.
Uma associação de bairro passa por dificuldades advindas deste processo: falta de voluntários com espírito público, produtividade, continuidade e uma agenda conseqüente.
Na nossa área de trabalho, na AMAL, temos um projeto em execução o qual padece de agilidade por falta de companheiros numericamente suficientes para a empreitada: TRIANGULO ESCALENO.
Para que intra-muros a AMAL possa funcionar com segurança é necessário que tenhamos um entorno tranqüilo e confiável.Para que tenhamos voluntários e usuários,dentro de nossos espaços internos, é necessário que saiamos à rua, acionemos a internete e façamos corpo a corpo com os demais moradores.
Nossa área de ação externa vem sendo o triangulo formado pelas esquina de Laranjeiras com Pereira da Silva, de Laranjeiras com Eugenio Hussak e tem, como terceiro ponto, o parquinho atrás da nossa associação.
O espaço não foi escolhido aleatoriamente:corresponde aos locais de maior insegurança das proximidades de nossa instituição.
Na praça Del Prette, que se situa entre as ruas mencionadas, temos, aos sábados de 11 às 17h, a Galeria Anárquica: exposição onde o artista não paga nem passa por critério de avaliação.O trabalho da praça, de 18 meses, se completa com o de nossa Galeria Paulo Barreto com mais de 5 anos de existência profícua.
Nos aspectos internos temos dois saraus:O Sarau João do Rio voltado para a poesia, prosa e teatro e o Sarau do Marquês voltado para MPB. Ambos acontecem às quintas-feiras: o primeiro na última de cada mês, a partir das 18:30 e a outra na primeira quinta-feira, de cada mês, a partir das 20hs.Ambas na sede da AMAL.
Ainda nos aspectos internos temos os cursos, em funcionamento, de: japonês, desenho, forró, dança do ventre e capoeira.
A ocupação do parquinho vem sendo tratado com a Secretária de Meio Ambiente, Rosa Fernandes, que vem nos mostrando uma outra forma de administrar: voltada ao bem público.
À AMAL, que nos cabe,ainda existe esperança.