Ora, o termo politicamente correto não pode enfumaçar a realidade. Se a criança está sozinha na rua, sem a companhia de pais ou responsáveis, vivendo de expedientes diversos, consumindo drogas, enfim, sem perspectiva ou guarda, é um mendigo e ponto.
Fora isso, não há justificativa legal que impeça o Estado em recolhê-la e protegê-la. Infelizmente, muitas famílias não conseguem – por “n” motivos - manter em segurança e controle um jovem diante das atrações da rua. Mães, muitas delas, sofrem em não poder acompanhar o dia-a-dia de seus filhos, tendo que deixá-los com vizinhos, ou pior, sozinhos, à mercê de tudo e todos. As crianças saem de casa e passam a mendigar como forma de sobrevivência. Não é normal crianças perambulando sem destino. Cabe ao Estado primeiramente tentar salvar o núcleo familiar desestruturado, quando não for possível, as crianças devem ser encaminhadas para Instituições sérias, com regimes profundamente responsáveis e geridos de forma arrojada, com autoridade sem autoritarismo. Volto a lembrar, não podemos deixar que crianças sujas, com hábitos não civilizados e vivendo nas ruas sejam encaradas com naturalidade. Não é humano deixa-las sem a boa escola, o almoço, a janta, o lanche, uma cama confortável, banho quente com recreação, esportes e lazer. Há dinheiro e profissionais gabaritados para isso. Só faltam dirigentes conseqüentes, com vontade política de realizar.