Folha da Laranjeira em evento na África
Maria da Glória de Souza
O VII Fórum Social Mundial foi realizado em Nairobi, capital do Quênia, na costa leste Africana, de 20 a 25 de Janeiro de 2007. Durante 5 dias, cerca de 60 mil representantes de milhares de organizações sociais vindos de mais de 100 países participaram de 1.200 atividades. Cerca de 200 brasileiros, participantes de Movimentos Sociais.
Ongs e setores do Governo Federal participaram do FSM, entre eles: o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, Cândido Grzybowski da direção do Ibase, João Paulo Rodrigues (MST), Paul Singer (Secretario Especial da Economia Solidaria), Cleonice, Mônica, Glória, Jane e Itamar dos movimentos comunitários do Rio de Janeiro. Glória Souza, vice-presidente da AMAL, que divulgou a Folha de Laranjeiras no Fórum, fez uma Oficina em parceria com outro coordenador do FSM Carioca, André Zabludowski sobre: “A Experiência Brasileira no Combate a Aids” com apresentação do filme: “Três Irmãos de Sangue” da diretora Ângela Reiniger, que conta a história do Henfil, Chico Mário e Betinho, que dá muitas informações sobre a Aids (O grande problema na África é a falta de informação sobre isso). Foi feito, também um “Desfile de roupas Artesanais” no Espaço Brasil, visando mostrar o artesanato brasileiro feito por senhoras dos comitês da Ação da Cidadania - do Flamengo (da comunidade Tavares Bastos: Rita, Isabel, D Ivani, M. José, Leda, Eulália) e da Cidade de Deus (Teresinha de Jesus); que participam, também do Fórum de Cooperativismo. A ASANTE SANA KÊNIA! (Muito Obrigada Kênia -pela acolhida.)
Ir para a África representou um grande desafio pelas precárias estruturas organizativas e pela fragilidade da sociedade civil desse continente que possui 54 países. Mas teve uma grande importância simbólica: Vimos lá o que de pior, o atual modelo de globalização produziu em termos sociais, econômicos, culturais, políticos e ambientais (Visitamos um “Orfanato para elefantes”, que visa preservar a espécie.) E vimos, também que a África é, realmente um continente de resistência.
Ao longo da história, os países Africanos foram dilapidados por colonizadores, e agora é preciso impedir que os paises desenvolvidos transfiram para esses países, as práticas sociais, econômicas e ambientais que não podem implementar em suas próprias nações. O Processo do FSM procura transformar essa realidade, mostrando que “Um outro Mundo e outra Globalização são Possíveis” priorizando as Pessoas, a Justiça Social, os Direitos Humanos, a Democracia, a Paz, o Desenvolvimento Sustentável.