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Lucinha Araújo

A Sociedade Viva Cazuza é a concretização de um sonho realizado com muito esforço, idealizado logo após ao show de homenagem ao Cazuza, no ano de 1990, realizado por diversos músicos para arrecadar doações para os pacientes com aids do Hospital Graffe Guinle, na Tijuca. Para entregar a doação, foi escolhida Lucinha Araújo, que depois disso resolveu não parar mais de trabalhar e continuar a levantar essa bandeira. Em 1994, a Prefeitura fez a doação do imóvel no bairro de Laranjeiras, o que contribuiu muito para a efetivação dos projetos.

Tudo isso não existiria nem permaneceria se não fosse a força de vontade de Lucinha e o afinco com que ela trabalha. Ela é presidente da casa e não deixa de trabalhar um só dia. “Só acredito que um trabalho dê certo sob o olhar atento de seu idealizador. Supervisiono pessoalmente não só a Casa de Apoio Pediátrico, mas também todos os projetos da Sociedade Viva Cazuza”, diz ela, que também é responsável pela captação de recursos.

O nome do Cazuza não apenas auxilia na divulgação da casa, mas na sua própria sobrevivência. Os direitos autorais do Cazuza, por exemplo, são a principal fonte para manter as atividades, além de doações, eventos beneficentes e eventuais convênios com o Ministério da Saúde.

Na Casa, Lucinha também idealizou um espaço para o Cazuza na Sociedade. É uma sala onde foi guardado tudo o que foi feito ou usado por ele, entre roupas, discos, fotos com artistas, inclusive os livros escritos por Lucinha sobre o filho. Uma forma de manter sua memória viva a todos os visitantes. “Tenho a certeza de que onde ele estiver está aplaudindo”, diz Lucinha, referindo-se ao filho.

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Jornal da AMAL
ano XXV nº 205
05/05