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Cristina, cordial

Pela mão de Cristina da Costa Pereira, Laranjeiras faz o resgate de um passado de convívio inteligente: bibliotecas, pianos,...



Conversa de Livraria
A escritora Cristina da Costa Pereira faz um “passeio” pela feira que acontece todos os sábados na Praça General Glicério.
Lá ela entrevistou o livreiro Jair Gonçalves Pinheiro, 81 anos, dono de uma banca de literatura de cordel


A Voz do Povo: Novo espaço os para moradores do bairro

Tema: Transporte coletivo

Por Tatiana Paradella

"Uso esporadicamente o transporte coletivo para ir trabalhar. Acho que os motoristas são mal-educados e psicologicamente despreparados para lidar com o público e com o trânsito, pois ficam nervosos e sempre ocorrem aquelas discussões desagradáveis, com palavras de baixo calão, durante o percurso. Acredito que as tarifas cobradas são abusivas para o nível de serviço ofertado."
Ingrid Pinto Maués – Advogada e moradora da rua Pinheiro Machado

"A oferta de ônibus para o bairro é boa, entretanto o número de coletivos circulando é pouco e, conseqüentemente, a demora é intensa. Trabalho durante o fim de semana e fica impraticável chegar no horário. Perco muito tempo esperando um ônibus que me deixe próximo. Tenho que recorrer ao táxi muitas vezes. Os motoristas e cobradores são mal-educados, com raras exceções."
Luiza França – Aeroviária e moradora da rua Conde de Baependi

"Acho o transporte, de uma maneira geral, bom. Existem ônibus circulando para vários pontos da cidade e em diversos horários, porém as vagas destinadas aos idosos são poucas e nem todos os ônibus param quando estamos no ponto esperando. Este é o maior problema que vejo em relação ao transporte público coletivo."
Raimundo Marques Pascoal - Aposentado e morador da rua das Laranjeiras



Seu Arlindo: 92 anos de história no bairro

Marina Bittencourt de Campos

Aos 92 anos de idade, Seu Arlindo, como é chamado no bairro, é uma das figuras mais conhecidas e queridas de Laranjeiras. É por isso que a Folha da Laranjeira o convidou para ser o Gente Nossa desta edição.

Folha da Laranjeira: Há quanto tempo o senhor mora em Laranjeiras?
Seu Arlindo: Vivo em Laranjeiras desde que nasci. Quando criança morava numa vila de 38 casas na avenida Ipiranga. Tenho hoje sete irmãos vivos, um filho e um neto. Nasci em 1913.

FL: Como foi sua trajetória?

Fiz faculdade de medicina, mas parei no meio porque tive que começar a trabalhar aos 22 anos. Em 1953, consegui comprar esse apartamento. Me aposentei e continuei trabalhando até 2002. Hoje trabalho, mas sem ser contratado, só ganhando comissão. Acabei de vender quilos de bacalhau. Quando decidi parar de trabalhar, um amigo da Confeitaria Itajaí me chamou e pediu pra eu não parar, pois, senão, eu morreria. Então, não parei.

FL: Que mudanças no bairro o senhor viveu?
Quando eu era garoto só havia mansões no bairro. Eu conheci a rua Cardoso Júnior, onde moro hoje, quando nela ainda não passava carro. Era aquele chão de pedras pé-de-moleque. Mas ainda há muitos grupos de casario antigo em Laranjeiras. Antigamente, quando morava na rua Ipiranga, eu ia buscar água nos Bombeiros, e levava lata d’água na cabeça.

FL: Do que o senhor mais gosta no bairro?

Gosto de Laranjeiras porque aqui eu sou muito conhecido, ando pelas ruas e várias pessoas me cumprimentam. Tenho muitos amigos, muitos mesmo. Alguns deles já se foram e eu sinto bastante saudade.




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Jornal da AMAL
ano XXV nº 205
05/05